Sócrates «não tinha feito bem as contas» - TVI

Sócrates «não tinha feito bem as contas»

Paulo Portas

Portas acusa Governo de ter usado Parlamento «para enganar os portugueses». E quer que Sócrates assuma «decepção»

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«Os portugueses podem avaliar quem tinha feito bem as contas e quem não tinha ou não as quis mostrar». Depois de na sexta-feira à noite o Governo ter anunciado uma nova previsão do défice orçamental, que deverá chegar aos 3,9 por cento, Paulo Portas regressou ao tema este sábado, no XXIII Congresso do CDS-PP.

«Os portugueses lembram-se que, há menos de dois meses, durante a discussão do Orçamento de Estado, disse ao primeiro-ministro que a previsão para o crescimento económico não tinha adesão à realidade», afirmou o líder democrata-cristão, acusando o executivo de ter feito uma «projecto de receitas fiscais fantasiosa», perante uma «economia parada, sem consumo, sem negócios». Aliás, para Portas, as receitas fiscais são podem ser alcançadas à custa de «um extorsão ilegal» do contribuinte.

O ex-ministro da Defesa garante que Sócrates respondeu às projecções pessimistas do CDS-PP com a «soberba que os portugueses lhe vão conhecendo». Mas agora, frisa, «os portugueses podem avaliar quem tinha feito bem as contas e quem não as tinha feito ou não as quis mostrar».

Primeiro-ministro deve apresentar Orçamento rectificativo

Com a entrega do orçamento rectificativo prevista para segunda-feira, Portas vai dizendo que «os portugueses têm o direito a que seja o primeiro-ministro, e mais ninguém, a defender na Assembleia da República o orçamento».

«Já chega de ser o primeiro-ministro a fazer o discurso das ilusões e depois encomendar aos seus ministros os discursos as decepções».

Para Portas os portugueses foram «enganados» com a primeira versão do orçamento: aliás, o líder do CDS-PP não tem dúvidas sobre como o Governo usou outro «órgão soberano, que é o Parlamento», para apresentar um documento «que não era realista, objectivo e razoável quanto ao crescimento da economia».

Portas explica ainda porque «o fracasso dos socialistas está à vista»
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