Troca de seringas nas prisões começa hoje - TVI

Troca de seringas nas prisões começa hoje

Prisões:Troca de seringas

O programa experimental de troca de seringas para reclusos nas prisões portuguesas começa hoje.

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A medida, que pretende fazer diminuir a contaminação de doenças infecto-contagiosas entre presos, inicia-se «na vertente teórica» nas cadeias de Lisboa e Paços de Ferreira.

De acordo com a agência «Lusa», o Programa Específico de Troca de Seringas (PETS) não afasta o objectivo de recuperar os presos toxicodependentes, levando-os a deixar de consumir drogas, de acordo com a lei que prevê o programa experimental, promulgada pelo Presidente da República em 6 de Janeiro de 2007.

Esta medida tem contado com a resistência dos guardas prisionais, que, além não acreditarem nas suas vantagens, consideram que se está a legitimar o consumo e o tráfico de drogas nas cadeias portuguesas.

As duas cadeias foram escolhidas para iniciar a experiência por terem uma elevada percentagem de toxicodependentes e uma elevada incidência de doenças infecto-contagiosas entre a sua população prisional.

Antes de começarem o programa, os reclusos que pretendam candidatar-se serão sujeitos a uma avaliação pelos serviços clínicos prisionais, onde serão aconselhados sobre as alternativas de que dispõem, incluindo o apoio ao abandono do consumo de droga.

Aos admitidos no PETS será distribuído um estojo com duas seringas, dois toalhetes desinfectantes com álcool, um preservativo, uma ampola de água destilada, um filtro, dois recipientes e ácido cítrico.

A confidencialidade dos aderentes é um das características do programa, tanto mais que a sua realização constitui uma ilegalidade, já que a posse, o tráfico e o consumo de droga continuam a violar a lei.
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