Campo de tiro poderá ter que sair de Alcochete - TVI

Campo de tiro poderá ter que sair de Alcochete

CIP:Alcochete tem vantagens sobre a Ota

O Campo de Tiro poderá ter que ser transferido de Alcochete, mesmo que a opção para o novo aeroporto de Lisboa seja a Ota.

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Esta mudança deve-se a razões de segurança, segundo um documento da Força Aérea Portuguesa a que a «Lusa» teve acesso.

O documento, datado de Abril de 1999, quando as opções para o novo aeroporto eram entre Rio Frio e a Ota, foi remetido à empresa encarregue dos estudos, a NAER, dando conta das incidências que as soluções de tráfego aéreo encontradas tinham na operação da Força Aérea.

No documento, a Força Aérea considera difícil a compatibilização da operação dum grande aeroporto internacional (tanto na Ota como em Rio Frio) «com uma carreira de tiro deste tipo, pois certamente irão surgir problemas de segurança, cuja percepção será agravada pelo facto de o tráfego militar, manobrando a alta velocidade e a largar armamento, estar à vista do tráfego civil em aproximação e descolagem».

Isto, apesar de na opção Ota, «os circuitos de aproximação/saída terem sido desenhados de forma a contornar a carreira de tiro, com aumentos significativos de tempo de voo».

Além disso, o Campo de Tiro de Alcochete, já em 1999, «apresentava limitações à operação de tiro e treino, sendo a tendência a progressiva rejeição devido ao crescimento urbano e industrial», lê-se no mesmo documento.

Face a estes argumentos, a Força Aérea aconselhava a que «não deixasse de ser considerada a hipótese de uma eventual transferência da Carreira de Tiro», tendo em conta «os limitados custos acrescidos e as enormes vantagens daí decorrentes».

Assim, tanto a opção pela Ota como por Alcochete (actualmente as duas em discussão e objecto de estudos) implicam a transferência do Campo de Tiro, uma valência que aquele ramo das Forças Armadas considera «absolutamente indispensável à preparação das tripulações de combate».
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