Faro usa 150 mil euros para ajudar famílias e empresas - TVI

Faro usa 150 mil euros para ajudar famílias e empresas

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Câmara disponibiliza ajuda a partir de Maio

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O presidente da Câmara de Faro, José Apolinário, anunciou esta segunda-feira que a autarquia vai disponibilizar a partir de Maio 150 mil euros para ajudar as famílias e as empresas do concelho mais atingidas pela crise financeira e económica mundial, avança a agência Lusa.

«Cento e cinquenta mil euros é a base com que vamos partir para ajudar as famílias», declarou esta manhã Apolinário, em conferência de imprensa, no âmbito da apresentação de um pacote de seis medidas para apoiar as famílias e empresas do concelho.

Apolinário referiu que algumas Pequenas e Médias Empresas (PME) e famílias de Faro estão «asfixiadas» com o cenário da crise financeira e económica e denunciou vários casos de «pobreza escondida» de pessoas que já não têm dinheiro para pagar as rendas de casa e para adquirirem os bens essenciais.

«Temos cerca de mil famílias inscritas para habitação e identificadas 250 pessoas a viver em pobreza extrema, mas há muita pobreza escondida», alerta Apolinário, referindo que em 2006 lhe chegavam pedidos para obtenção de casas, mas que nos últimos meses os pedidos de ajuda são para pagar as rendas e empréstimos.

Menos 1,2 milhões de receitas

Algumas PME do concelho também estão com problemas de liquidez pelo que o município propôs contrair dois empréstimo no valor global de 9,2 milhões de euros para «pagar dívidas a fornecedores».

Segundo o autarca de Faro, os empréstimos vão converter a dívida aos fornecedores de «curto prazo em médio prazo», permitindo introduzir dinheiro na economia, mas a autarquias está ainda a «aguardar decisão governamental» para avançar com os empréstimos.

Um tarifário reduzido para o preço da água para famílias numerosas e pensionistas, manter em 2009 as tarifas da rede de Mini-Bus, desenvolver uma rede de distribuição de bens alimentares com o Banco Alimentar do Algarve e fraccionar o pagamento das taxas e licenças de construção e urbanização são outras medidas de apoio anunciadas.

Exemplo desta crise é o facto da autarquia ter perdido 1,2 milhões de euros em receitas oriundas do Imposto Municipal de Transmissão (IMT) de Bens e Imóveis, um sinal que as pessoas não estão a ir sequer à Câmara levantar as licenças para construção, preferindo adiar os alvarás.
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