Quercus diz que aeroporto em Alcochete «é praticamente inviável» - TVI

Quercus diz que aeroporto em Alcochete «é praticamente inviável»

Aeroporto

A associação ambientalista Quercus considerou esta sexta-feira a construção de um novo aeroporto em Alcochete, na margem Sul, como uma «solução praticamente inviável» devido ao ordenamento do território e proximidade das reservas naturais do Sado e Tejo.

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O coordenador do estudo sobre o ordenamento do futuro aeroporto da Ota, Augusto Mateus, afirmou numa entrevista publicada esta sexta-feira no «Semanário Económico», que Alcochete seria uma solução mais flexível para construção do futuro aeroporto, podendo entrar em funcionamento mais rapidamente, avançou a «Lusa».

O antigo ministro socialista da Economia disse que a carreira de tiro de Alcochete «pode vir a ser estudada», justificando que «tem dimensão mais do que suficiente para se fazer algo mais flexível comparando com a Ota» e «onde eventualmente poderá ser possível oferecer, antes de 2017, uma primeira alternativa».

Em declarações à agência, Francisco Ferreira da Quercus disse que «apesar de não estar excluída a hipótese de construção do aeroporto em Alcochete, essa solução é praticamente inviável».

A associação ambientalista considera que «antes de se avançar para uma solução na margem Sul tem de se passar por uma avaliação ambiental da Ota». No entender do mesmo, a margem sul aparece como a última hipótese a ser considerada por razões de ordenamento do território e por questões ambientais.

«A margem sul aparece como última hipótese depois de avaliada a Ota e a opção zero», adiantou o ambientalista, frisando que «o campo de tiro de Alcochete está rodeado de zonas de grande importância ambiental como a reserva natural do Estuário do Tejo».

A Quercus considera que a margem Sul encerra problemas ambientais relevantes que tornam praticamente impossível a localização, como o ordenamento do território, proximidade das reservas naturais do Sado e Tejo e preservação do aquífero.

Para a associação ambientalista, a «reavaliação deverá estar dependente de opiniões fundamentadas das entidades oficiais e da inviabilização de todas as outras alternativas, como uma avaliação muito negativa da Ota em termos ambientais concluída pelo novo estudo de impacte e impossibilidade de continuação da Portela, mesmo com outro aeroporto de apoio».
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