Peugeot-Citroen não se candidatou ao plano de apoio - TVI

Peugeot-Citroen não se candidatou ao plano de apoio

Peugeot 206+

Vieira da Silva diz que o que está em causa são «políticas de incentivos, não são políticas obrigatórias, nem é essa a função do Estado»

Relacionados
O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social confirmou esta terça-feira que a Peugeot-Citroën de Mangualde não se candidatou ao Plano de Apoio ao Sector Automóvel, acrescentando que o programa está vedado a empresas com políticas de despedimento.

O governante falava aos jornalistas à margem da apresentação do plano Emprego 2009 no Seixal,avançou a Lusa.

Questionado sobre a situação da Peugeot-Citroën, Vieira da Silva reiterou que para serem aprovadas no plano de apoio ao sector «há uma contrapartida do ponto de vista das empresas».

«Essas empresas assinam com o Estado um compromisso de manterem os seus postos de trabalho, não haver despedimentos colectivos, nem significativos, ou seja, que não haja uma política de despedimento», explicou.

«As empresas que, não obstando todo o nosso esforço e que optam por fazer despedimentos, não podem esperar ter um apoio para algo que é feito na base no compromisso que não o faze. Creio até que essa empresa não se candidatou às medidas de apoio, provavelmente, preferiu seguir outro caminho», acrescentou.

«Não podemos obrigar ninguém»

Vieira da Silva lembrou ainda que as medidas que integram o plano ao sector automóvel são «políticas de incentivos, não são políticas obrigatórias, nem é essa a função do Estado neste domínio».

«Quem não quer seguir essas políticas, nós podemos ter uma acção pedagógica, de persuasão, mas não podemos obrigar ninguém», concluiu.

A Peugeot-Citroën de Mangualde admitiu segunda-feira que as medidas tomadas não foram suficientes para enfrentar a crise e que por isso pretende entrar em «lay off», tendo já previstos cinco dias de paragem para o mês de Maio.

Segundo a responsável pela comunicação da empresa, a Peugeot-Citroën de Mangualde não integrou o Plano de Apoio ao Sector Automóvel (PASA) porque, «de momento, não reúne as condições necessárias, embora não se descarte a possibilidade» de vir a aderir no futuro.

Desde o início do ano, a multinacional do sector automóvel já dispensou cerca de 500 trabalhadores, dos quais 400 eram contratados a prazo e temporários e 80 eram efectivos que aceitaram rescisões amigáveis.
Continue a ler esta notícia

Relacionados