CGD, Totta e investidores ultimam posição no Banco Totta Angola

O Banco Santander Totta, SA (BST), a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e investidores residentes em Angola, entre os quais a Sonangol, concluíram com sucesso as negociações que vinham mantendo com o objectivo de alargar a base accionista do Banco Totta Angola (BTA).

Assim, o BST, com domínio de 100 por cento do capital social do BTA, constituirá com a CGD uma sociedade gestora de participações sociais SGPS.

Além disso, o BST aportará (directa ou indirectamente) para o respectivo capital social a entrada em espécie de 51% das acções do BTA, e a CGD a correlativa entrada em dinheiro de modo a que a SGPS fique detida em partes iguais pelas duas instituições.

«Em simultâneo com a constituição da SGPS, e cumpridas as formalidades adequadas, o BST venderá acções do BTA representativas de 49% do respectivo capital social a Investidores Residentes na República de Angola, (Sonangol e Outros)», informa a CGD em comunicado, divulgado esta segunda-feira.

Por outro lado, o capital aportado à SGPS pela CGD terá por destino a realização pela SGPS da parte que lhe competir no aumento de capital social do BTA que irá ser prontamente deliberado e que será, no total, no contravalor em Kuanzas de 100 milhões de dólares, sendo o remanescente deste valor subscrito e realizado integralmente pelos demais accionistas do BTA.

Estes investidores, novos accionistas do BTA, subscreverão cada um igualmente no momento da compra das acções, a parte respectiva no aumento de capital supra referido, e em conformidade com a respectiva proporção no capital social.

Nessa mesma ocasião serão eleitos os novos órgãos sociais do BTA, para novo mandato.

BTA vai passar a Banco Caixa Geral Totta Angola

Um ano após a constituição da SGPS, a CGD terá o direito de adquirir ao BST acções representativas de 1% do capital social da SGPS, ficando a CGD, se essa opção for exercida, detentora de 51% do capital da SGPS e o BST dos remanescentes 49%.

«É oportuno referir a propósito que o BTA mudará a sua denominação social para Banco Caixa Geral Totta Angola SA, e que todos os accionistas têm representação no Conselho de Administração, cabendo aos investidores angolanos indigitar quem ocupará um dos cargos de vice-presidente (não executivo). Está prevista uma comissão executiva para a gestão corrente da sociedade, composta por administradores que tenham sido indigitados pela SGPS, e que o Conselho Fiscal será presidido por pessoa a indicar», diz ainda o mesmo documento.

Em comunicado, a CGD recorda que a sua entrada e a de investidores residentes em Angola «visa proporcionar ao BTA uma nova dinâmica e um forte incremento das suas actividades no mercado angolano».

A concretização dos contratos assinados entre as partes está ainda dependente da aprovação das autoridades competentes portuguesas e angolanas.