Lucros do BPI caem a pique para 34,4 milhões com «culpa» do BCP

Os lucros do BPI caíram nos nove primeiros meses do ano 86,2 por cento para os 34,4 milhões de euros. Para este resultado, contribuiu a participação que o banco detinha no BCP, dado que incorpora o impacto negativo de 177 milhões de euros (após impostos) de menos valias e imparidades no BCP.

Sem este efeito, o resultado líquido da instituição liderada por Fernando Ulrich seria de 211,4 milhões de euros, menos 15,3% face ao período homólogo.

Neste período, a actividade doméstica da banca comercial contribuiu com 84,1 milhões de euros para o lucro líquido consolidado, a banca de investimento com 9,6 milhões de euros e a actividade internacional com 99,3 milhões de euros.

A 30 de Setembro deste ano, o BPI detinha um rácio de capital de 11,0%, o Tier I de 7,4% e o «core capital» de 6,5%.

A margem financeira recuou uns ligeiros 0,7% para os 488,8 milhões de euros, enquanto o produto bancário recuou 11,6% para os 768,6 milhões de euros.

O resultado antes de impostos foi de 57,3 milhões de euros, menos 81,7% do que no mesmo período do ano passado.

Já os custos de estrutura subiram 4,6% para os 505,6 milhões de euros, enquanto o resultado operacional caiu 32% para os 263 milhões de euros.

O BPI refere ainda que neste período registou «um forte crescimento dos depósitos», algo que permitiu financiar «a expansão do crédito na actividade doméstica».

Com 168 mil novos clientes, o banco abriu 55 balcões em Portugal, 18 em Angola e aumentou o seu quadro de colaboradores em 2,8%, ou seja mais 217 pessoas, em Portugal e 8,5% no país africano onde marca presença, isto é mais 123 empregados.

As acções do BPI fecharam a derrapar 4,29% para 1,65 euros.