Clientes do BPP reúnem-se no Porto para tomar medidas - TVI

Clientes do BPP reúnem-se no Porto para tomar medidas

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Antemiro Costa Pereira fala em manipulação e desespero

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Vários clientes do Banco Privado Português (BPP) estão reunidos, nesta altura, no Hotel Sheraton, no Porto, para tomar medidas contra a instituição bancária. O advogado Luís Miguel Henriques está a ouvir as queixas de vários clientes que o contactaram ao longo dos últimos dias, formando um movimento para reaver os montantes investidos.

À entrada para a reunião, um dos clientes falou aos jornalistas sobre o momento de ansiedade e chegou a admitir que já pensou em actos drásticos. «Tenho ido ao banco muitas vezes, nos últimos tempos, mas aquilo mais parece um velório. Nunca me dão justificações, dizem-me apenas para esperar. Garantem que as contas serão desbloqueadas», explica Altemiro Costa Pereira, acrescentando: «Eu tenho 75 anos, a minha mulher tem 77. Nem sei se vou estar vivo quando este assunto estiver resolvido.»

«Aderi a este movimento, nunca fui de recorrer a advogados, mas tive de o fazer agora, no final da minha vida. Sinceramente, e custa-me muito dizer isto, a 6 de Dezembro os meus amigos tiveram de ir buscar-me à ponte da Arrábida. Estava lá com más ideias e não sei se vai acontecer de novo», deixou escapar, angustiado.

Antemiro Costa Pereira denuncia contornos pouco claros no contrato celebrado com o BPP. «Nunca fiz investimentos de risco. Eram apenas depósitos normais. Assinei um contrato nesse sentido, de forma inocente. Agora, os advogados mostraram-me que, na terceira página, se dá o dito por não dito em relação à primeira. Queixa-crime? Sempre fui uma pessoa pacífica, mas nesta altura admito avançar com tudo», conclui.
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