Governo adverte banca e portugueses para crédito fácil

O ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, deixou claro, esta quinta-feira no Parlamento, que espera que as entidades de supervisão estejam atentas aquilo que poderão ser práticas pouco ortodoxas da banca, ao mesmo que tempo que alertou os portugueses para a responsabilidade das suas decisões.

Levado pela oposição a comentar umas eventuais cartas que o Santander terá endereçado a alguns dos seus clientes, oferecendo crédito «a taxas muito altas» segundo os deputados, Teixeira dos Santos confessou que, a ser verdade, «não simpatiza com práticas agressivas de mercado» e que, por isso, espera que as «entidades competentes nesta matéria actuem naquilo que possam vir a ser entendidos como excessos» da banca.

Teixeira dos Santos lembrou até que «estas entidades têm agora poderes acrescidos para actuarem».

«Não se iludam»

No entanto, o ministro diz não querer deixar de fazer também um alerta aos destinatários de todas as eventuais cartas que possam receber a «oferecer dinheiro fácil»: que «não se deixem iludir!», disse na Comissão de Orçamento e Finanças, que decorre na Assembleia da República.

O ministro lembra que os portugueses «devem ter consciência naquilo em que se metem. Naquilo em que se metem porque tomam essa decisão. Não assumamos responsabilidades no que achamos que podemos vir a ter dificuldades em honrar», sublinhou.