O director-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, revelou esta terça-feira que a actual crise mundial não tem precedentes.
No entender do mesmo, esta crise financeira pode ser apontada como «nunca vista», uma vez que está a afectar os EUA, o «coração do sistema» e não a sua «periferia» e que por isso vai atingir todo o mundo, revela em entrevista à «AFP».
Numa referência ao «crash» bolsista de 1929, o responsável máximo do FMI lembrou que a actual economia mundial «dispõe de instrumentos que não permitem evitar a crise, mas atenuar as suas consequências e corrigir os seus efeitos».
Bancos na reforma
De acordo com Strauss-Kahn, alguns bancos estão a caminho da reforma, mas por isso não exclui a existência de algumas «tensões financeiras a curto prazo».
Segundo o mesmo, no final desta crise o sector financeiro mundial será «mais estreito» e os bancos europeus deverão ser menos atingidos do que os norte-americanos.
Quando questionado sobre a política do Banco Central Europeu, o responsável máximo do FMI diz apenas que o organismo liderado por Trichet tem optado por uma «política rigorosa e não laxista».
FMI diz que actual crise não tem precedente
- Redação
- SPP
- 16 set 2008, 13:47
Política do BCE é «rigorosa e não laxista»
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