OPA/Cimpor: PCP pede intervenção do Governo «rapidamente» - TVI

OPA/Cimpor: PCP pede intervenção do Governo «rapidamente»

Jerónimo de Sousa no Parlamento

Para o partido comunista, OPA sobre a Cimpor é um «atentado aos interesses nacionais»

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O PCP quer que o Governo intervenha «rapidamente», através da sua posição na Caixa Geral de Depósitos (que detém perto de 10% do capital da cimenteira), no processo de Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Cimpor.

«A posição da CGD na Cimpor deve ser o veículo para que o Governo venha a assegurar uma posição maioritária no capital de empresa, garantindo o seu comando estratégico ao serviço do país», defendeu, este sábado, o partido em comunicado citado pela Lusa.

O PCP considera que esta operação representa um «atentado aos interesses nacionais», lembrando que a Cimpor é principal empresa portuguesa na produção de cimentos, com uma quota de mercado nacional de 54,9% e posições significativas noutros países, onde possui igualmente unidades produtivas.

«Trata-se de uma empresa, produtora de um bem essencial, cujo centro de decisão e comando estratégico devem permanecer no país», defende o PCP, assinalando que a cimenteira tem actualmente unidades em Souselas, Alhandra, Loulé e Figueira da Foz (Cabo Mondego).

Para o partido, o anúncio agora feito, «que se segue a um longo filme de guerras accionistas dos principais grupos nacionais e estrangeiros pelo domínio da empresa, evidenciam, mais uma vez, como sempre denunciou o PCP, os riscos da privatização de empresas estratégicas».

«O sector dos cimentos é um dos sectores estratégicos para o desenvolvimento da economia nacional. A única forma de garantir a produção de cimento no nosso país e a existência de um sector que dê resposta às necessidades e interesses nacionais, é o seu controlo pelo Estado», defende o partido.
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