CIP diz que vem aí um «tsunami» económico - TVI

CIP diz que vem aí um «tsunami» económico

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O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), Franciso Van Zeller, garantiu quem vem aí «uma espécie de tsunami», o que irá provocar um aperto ao nível do crédito.

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«O crédito vai apertar-se e quem vai sofrer mais serão as pequenas e médias empresas», referiu o responsável ao «Rádio Clube».

No entanto, Francisco Van Zeller reconhece que «esta falta de liquidez que vai aparecendo no mercado vai também prejudicar as grandes (empresas) e, na totalidade, vai haver falhas no pagamento».

Esta falta de liquidez irá, segundo o presidente da CIP, «afectar investimentos, diminuir stocks, falhar prazos de entrega, o que são consequências das dificuldades financeiras das empresas».

Preocupação é comum nos vários agentes

O que é certo é que estas preocupações com a crise financeira têm vindo, nos últimos dias, a serem expressas por vários agentes do sector.

O ministro das Finanças garantiu, esta quinta-feira que a crise parece que «veio para ficar» e considerou que «temos de continuar atentos». Teixeira dos Santos veio desta forma dizer aos investidores para avaliarem bem os seus investimentos, fundamentarem as suas decisões, avaliarem os riscos e avaliarem a sua capacidade de enfrentar condições menos favoráveis no mercado.

No entanto, ministro das Finanças mostrou-se esta sexta-feira mais optimista. O Executivo revelou esta manhã que o grau de exposição do mercado financeiro português à crise que se vive actualmente no mercado de crédito hipotecário de risco nos Estados Unidos é «reduzida», uma vez que no nosso país existe uma melhor gestão da exposição ao risco.

Também o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, considerou que as economias globais estão cada vez mais «interdependentes» e apontou como exemplo os recentes acontecimentos nos mercados financeiros.

O presidente da CE referiu ainda que, para tal, «são necessárias regras de mercado e de concorrência».

CMVM diz que crise pode não ser passageira

Uma preocupação partilhada pelo presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares. O responsável referiu esta semana que «não podemos presumir que Portugal não é afectado e que há contágio».

A liquidez de um fundo do BPI e o facto de outro fundo ter recorrido a empréstimos para fazer face aos resgates são alguns sinais.

Carlos Tavares referiu ainda que não exclui a hipótese de outros bancos virem a fechar fundos, na sequência da crise do crédito de alto risco, conhecida como «subprime».

O próprio presidente disse que «não se pode excluir a hipótese de outros bancos fazerem o mesmo», assumindo que a CMVM não pode «subestimar» esta crise ou dizer apenas «que isto será uma fase passageira».

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