Famílias pedem mais tempo para pagar a casa - TVI

Famílias pedem mais tempo para pagar a casa

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Longe vão os tempos em que os empréstimos para a compra de casa eram formatados para um prazo de 25 anos.

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Hoje, as famílias defendem-se da subida dos juros através de prazos que podem ir até aos 50 anos.

Segundo o ¿inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito¿ realizado pelo Banco de Portugal, e citado pelo «Correio da Manhã», verifica-se que, quando se fala de alterações às condições para a aprovação dos empréstimos para a compra de casa, a principal reside no alongamento das maturidades dos créditos.

Os clientes estão a pedir prazos cada vez mais compridos, para conseguirem uma prestação mensal mais baixa, sem terem em conta que, quanto mais dilatado for o empréstimos, mais juros pagam. Para além do tempo de vida do empréstimo, também se constata uma ligeira redução dos ¿spreads¿ (montante aplicado pelo banco sobre a taxa de juro referência) aplicados aos créditos de risco médio.

Existem já três instituições financeiras (Santander/Totta, Barclays e BPI) que praticam ¿

spreads de 0,29% para contratos de valor superior a 200 mil euros. Este valor obrigou os restantes bancos a oferecerem condições mais favoráveis nos spreads cobrados. ¿A pressão concorrencial entre instituições bancárias continuou a ser indicada como o principal factor contribuindo para a menor restritividade dos critérios de aprovação de empréstimos, quer no segmento das empresas, quer dos particulares para a aquisição de habitação¿, refere o inquérito realizado pelo banco central.

O jornal lembra ainda que a tendência para a subida dos juros vai continuar. Isso mesmo foi dito esta semana pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE). François Trichet adiantou que as ¿pressões inflacionistas¿ deverão obrigar a autoridade de supervisão a subir as taxas de referência no início de Junho. Os actuais 2,5% deverão passar para os 2,75.

Os mercado já estão a incorporar estas subidas. Ontem, as taxas de juro da zona Euro estavam a subir em praticamente todos os prazos. A seis meses (a principal taxa de referência do crédito à habitação), os juros estavam nos 3,03%.
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