O crédito clássico ao consumo, concedido a particulares e empresas pelas empresas filiadas na Associação de Instituições de Crédito Especializado (Asfac), cresceu 5,7% face ao ano de 2004, para um total de 2,4 mil milhões de euros, um crescimento «moderado e sustentável», como classificou o presidente da Asfac, Menezes Rodrigues, na apresentação ontem feita aos jornalistas.
Para a secretária-geral da Asfac, Susana Albuquerque, a redução do nível de incumprimento resulta de uma atitude «responsável dos portugueses» perante as suas responsabilidades com empréstimos e também de uma maior maturidade já atingida pelo sector.
No entanto, a Asfac reconhece, no Anuário do Crédito ao Consumo ontem igualmente divulgado, que «no caso português, à semelhança do registado noutros países europeus, os efeitos do aumento do desemprego numa sociedade aberta ao crédito ao consumo começam a reflectir-se negativamente na taxa de esforço das famílias». E acrescenta: «Perante o incumprimento de alguns consumidores, o recurso aos tribunais será necessário, sob risco de algumas sociedades financeiras enfrentarem problemas financeiros».
No seu Anuário, a Asfac sustenta que, mais importante que um grau de endividamento elevado, é a determinação da taxa de esforço das famílias (percentagem do rendimento disponível num determinado período que está afecto ao serviço da dívida). De acordo com o Banco de Portugal, esta taxa é actualmente de 28%, mas para a Asfac, o seu aumento pode determinar situações de incumprimento ou sobreendividamento, sobretudo nos estratos sociais mais baixos.
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Incumprimento no crédito de consumo diminuiu
- Redação
- 27 abr 2006, 12:41
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O incumprimento no crédito ao consumo diminuiu em 2005 para 3,9% do total de empréstimos concedidos para este fim, contra uma taxa de 4,8% registada no ano anterior, segundo informa o «Diário de Notícias».
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