Desemprego e solidão alimentam dívidas - TVI

Desemprego e solidão alimentam dívidas

crédito, ratoeira

As situações de sobreendividamento emergem sempre que ao desemprego se junta o multiendividamento e fragilidades do lado da poupança e redes sociais.

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É da conjugação destes três factores que as complicações surgem na vida de quem não tem capacidade financeira para responder aos seus compromissos de crédito e acaba por entrar em incumprimento, refere o «Diário de Notícias».

Este «triângulo de risco de sobreendividamento» (desemprego, multiendividamento e fragilidades das poupanças e redes sociais) constitui a representação gráfica da principal conclusão do estudo «Desemprego e sobreendividamento: contornos de uma ¿ligação perigosa¿», um projecto desenvolvido no seio do Observatório do Endividamento dos Consumidores (OEC) e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

O estudo analisou os padrões de consumo, os níveis de endividamento e as estratégias utilizadas para enfrentar as dificuldades financeiras por parte de dois grupos sociais: desempregados fabris de duas indústrias que encerraram as portas e os sobreendividados que recorrem à Associação de Defesa do Consumidor (Deco). A partir destas duas amostras, os investigadores analisaram de que forma a entrada em situação de desemprego conduziu ao sobreendividamento.

Assim, os desempregados fabris apresentam uma maior sustentabilidade financeira devido à sua forte capacidade de mobilização individual e apoio das redes informais de solidariedade (família e amigos). Os sobreendividados do estudo, por seu lado, revelam maior vulnerabilidade face à perda de emprego, explicada pela fraca ou média mobilização de recursos próprios, reduzidas poupanças e dificuldade em simplificar os padrões de consumo de modo a reduzir despesas.
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