Ferreira Leite defende aposta no investimento privado - TVI

Ferreira Leite defende aposta no investimento privado

Ferreira Leite quer portugueses esclarecidos sobre impostos

Líder diz que encargos são demasiado elevados para se proceder a uma baixa de impostos

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A líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, considera que num país em que os resultados são desfavoráveis, é necessário adoptar outro tipo de políticas, defendendo o investimento privado.

«Insistir na mesma política mesmo com resultados negativos é a ideia da fatalidade», afirmou a responsável num encontro com a Câmara do Comércio Portugal Holanda, que se realizou esta quarta-feira em Lisboa.

A mesma adiantou que «a alavanca do desenvolvimento tem que passar pelo investimento privado».

Diversidade nas exportações é importante

A ex-ministra das Finanças diz que optar por uma política de exportação entre poucos países é uma má gestão da economia.

«É errado seguir uma política de exportações onde se privilegiem poucos países porque isso significa que ficamos dependentes das situações económicas desses mesmos países», referiu.

No que respeita ao investimento estrangeiro, a líder considera que há «estrangulamentos» que afastam este cenário de investimento.

O maior obstáculo considerado por Ferreira Leite é o actual sistema de justiça: «Qualquer estrangeiro pensa três vezes antes de investir em Portugal», admitiu.

A par disto, a líder aponta ainda mais três razões: o sistema fiscal, que considera demasiado complexo, as questões burocráticas e, por fim, a formação e qualificação das pessoas.

País não poupa

Ferreira Leite diz que «vamos precisar de investimento estrangeiro» mas, para que tal aconteça, teremos que criar condições para isso, alertando para o papel do Estado nesta questão.

«O Estado tem que criar condições para que o investimento interno e externo se consiga desenvolver e florescer num país», enfatiza.

A líder diz ainda que em Portugal não há poupança e que é necessário adoptar medidas que evitem o endividamento.

Perante isto, aponta uma alternativa: «Pagar as dívidas às empresas é melhor que disponibilizar linhas de crédito porque assim o que acontece é um endividamento ainda maior», esclareceu.

A longo prazo e «devido aos elevados encargos não se vislumbra uma descida dos impostos, antes pelo contrário», conclui.
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