PME imploram a Governo que tome medidas imediatas contra crise - TVI

PME imploram a Governo que tome medidas imediatas contra crise

Nova linha de crédito a pequenas e médias empresas

Associação pede descida da taxa de referência do BCE para 1,5%

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A Associação das Pequenas e Médias Empresas (PME) de Portugal pediu esta quarta-feira ao Governo que tome medidas urgentes para atenuar os efeitos que a grave crise financeira está a espoletar.

Na sequência da continuada queda das bolsas mas também em função da recente descida das taxas centrais dos EUA e da Zona Euro, a mesma associação emitiu esta quarta-feira uma posição formal sobre o assunto, tendo «exortado os poderes políticos nacional e europeu a tomar medidas imediatas».

«Não apenas os EUA, mas a Europa e Portugal, estão a sofrer as consequências duma crise financeira sem precedentes. Se noutras economias como os EUA isso pode diminuir o crescimento, em Portugal a situação é muito mais grave, dado estarmos em estagnação desde 2000, e as PMEs que representam 75% do emprego, estão descapitalizadas», avançam.

Por isso, apelam ao Governo que faça uma contracção de um empréstimo junto do Banco Europeu de Investimento de 5 mil milhões de euros, para injectar nas PMEs portuguesas.

Solicitam suspensão das grandes obras públicas

Querem ainda que haja uma reorientação dos apoios QREN para apoios de emergência à tesouraria das empresas, criando novas linhas de crédito continuas e de igual acesso a todas as PME e uma «criação imediata de linhas de crédito à exportação e apoios a fundo perdidos a exportadores e seus consórcios».

Essencial para a mesma associação é a criação de «legislação restritiva sobre o montante e forma como se concede crédito ao consumo, criando uma obrigação na banca de concessão de crédito pelo menos idêntica ao crédito concedido ao investimento das PME».

Outra das medidas proposta passa pela «suspensão ou moratória em todos os mega-planos de obras públicas e a criação de uma conta corrente Estado-empresas, que contemple a devolução imediata do IVA», apelam.

À Presidência do Conselho, Comissão Europeia, e Banco Central Europeu pedem ainda a descida da taxa de referência do Banco Central Europeu (BCE) para 1,5%, mantendo-a permanentemente idêntica à da Reserva Federal norte-americana.
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