Acções da EDP reagem em alta ao anúncio de investimento até 2007 - TVI

Acções da EDP reagem em alta ao anúncio de investimento até 2007

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A Energias de Portugal (EDP) deu a conhecer ao mercado o plano estratégico para os próximos três anos. Embora a eléctrica não tenha avançado novidades sobre o segmento do gás», mostrou uma «agressividade no investimento», de seis mil milhões de euros até 2007, afirmaram os analistas contactados pela Agência Financeira.

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De facto, um dos pontos que o mercado pretendia ver esclarecido era a estratégia que a EDP iria estabelecer para o sector do gás, depois do veto de Bruxelas à fusão da Gás de Portugal. No entanto, no decorrer da apresentação do plano estratégica, «a eléctrica não trouxe novidades», sublinho um analista.

Ainda assim, as acções da EDP reagiram bem ao anúncio de investimento de seis mil milhões de euros até 2007. Este é um investimento acima das estimativas dos analistas. «Há um ano atrás a eléctrica tinha apresentado um investimento de mil milhões de euros por ano», relembra uma analista, «agora trata-se de uma média de dois mil milhões, o dobro».

Trata-se de uma «aposta da eléctrica na capacidade de geração, nomeadamente em Espanha», devido «ao aumento da concorrência com a entrada no Mibel e de empresas espanholas em Portugal, como a Endesa», sublinhou uma analista. «O gás ainda não está ainda fora de questão», sublinhou a mesma, acrescentando que «ainda pode retomar ao assunto com a entrada no Mibel». Com a participação que detém na Galp (14%), a «EDP deixou uma porta aberta para o reforço da sua posição (na petrolífera)», apontou o analista. De resto, o analista acredita que a «EDP não tem interesse em reforçar a sua posição na Galp, porque não tem o gás».

Uma fonte ligada ao sector, antecipando esta apresentação da EDP, tinha dito à Agência Financeira que seria muito difícil à empresa apresentar uma estratégia para o futuro uma vez que, independentemente do chumbo de Bruxelas, ainda está tudo em aberto no sector. Segunda a mesma o timing da apresentação era mau porque só no próximo dia 22 o Governo vai reunir com a Eni para avaliar quais as hipótese de acordo depois reprovação da Comissão.

Recorde-se que a EDP tinha apresentado uma estratégia para o triénio 2004-2007 que contemplava a integração da GdP numa empresa detida pela eléctrica em 51% e em 49% pela italiana Eni. Esta era a contrapartida, mais cash, dada aos italianos para abandonar a participação na Galp energia que ficaria só com o negócio do petróleo. Posteriormente ficaria concluído o negócio com o consórcio Petrocer, cujos principais intervenientes são a Unicer e o BPI, que passariam a ser parceiros estratégicos da Galp com mais de 40%.

Face aos mais recentes acontecimentos, todos os cenários estão agora em aberto, menos claro, o da integração da GdP na nova empresa.
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