Acções da Impresa podem valorizar até 38% com compra de posição do BPI na SIC - TVI

Acções da Impresa podem valorizar até 38% com compra de posição do BPI na SIC

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O BPI vai subir o preço alvo para a Impresa para entre 5,92 e 6,17 euros por acção face ao preço actual de 5,45 euros, caso adquira a posição de 41% que o BPI detém na SIC.

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Ao se concretizar, o potencial de valorização das acções do grupo liderado por Francisco Balsemão situa-se entre os 18,7 e 37,7%, respectivamente, face à cotação de fecho de quinta-feira nos 4,48 euros.

«No nosso ponto de vista, o BPI deve vender a sua posição com um desconto por duas razões: a posição de 41% não tem impacto no controlo accionista na SIC e esta não pode ser negociada em bolsa, o que reduz a sua liquidez», refere o BPI no Iberian Daily. «Tendo como pressuposto um desconto de 20 a 30% face ao nosso equity value esperado para a SIC, em 2005, de 513 milhões de euros, a Impresa teria que investir entre 147 e 168 ME».

O analista do BPI, Tiago Veiga Anjos, afirma ainda que, apesar de ainda não se saberem as condições e termos da operação, «a Impresa tem capacidade financeira para absorver esta compra através de dívida bancária apenas.»

«Perante o cenário mais pessimista, de um desconto de 20%, a Impresa alcançaria uma dívida líquida esperada, em 2004, de 260 milhões de euros, conclui o mesmo.

Recorde-se que a Impresa anunciou, na passada quinta-feira, que está em negociações com o BPI para a compra dos 41,366% que este detém na SIC. Ao adquirir a posição do banco liderado por Fernando Ulrich, o grupo de media liderado por Francisco Pinto Balsemão passa a controlar 92% do capital social da estação de televisão de Carnaxide.

Este negócio serviu de trampolim para a valorização das acções da Impresa ao longo da sessão de sexta-feira. O título do grupo de media fixou novo máximo do ano nos 4,80 euros, ao valorizar mais de 7%. Mas acabou por aliviar.

O título da Impresa tem revelado uma tendência de alta desde Março de 2003. Hoje tocou a resistência dos 4,80 euros. «Esta é uma barreira que poderá ultrapassar a curto prazo», estima Filipe Garcia, analista técnico de informação de Mercado Financeiros (IMF). «Quanto a passar, a médio prazo, pode valorizar até aos 5,50 euros, a próxima resistência». O mesmo analista realça, contudo, que «o importante é que o título não quebra o suporte nos 4,40 euros.»
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