Algarve com abastecimento de água garantido em 2006 - TVI

Algarve com abastecimento de água garantido em 2006

Algarve com abastecimento de água garantido em 2006

O presidente do Instituto da Água, Orlando Borges, disse hoje à agência Lusa que está garantido o abastecimento público e os usos prioritários no Algarve em 2006, mesmo que o próximo ano seja seco.

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O responsável do INAG falava à agência Lusa após uma reunião quinta-feira à tarde das entidades que compõem a Comissão de Acompanhamento da Seca no Algarve, destinada a fazer o ponto da situação dos projectos e acções em curso.

Dada a situação problemática do Algarve foi criada em Agosto uma comissão específica para a região que na segunda reunião, realizada quinta-feira, analisou as garantias de abastecimento público, sem interrupções.

Da comissão fazem parte a Associação de Municípios do Algarve (AMAL) - liderada pelo presidente da Câmara de Tavira, José Macário Correia - a Águas de Portugal, o Instituto de Hidráulica Agrícola, a Direcção Regional de Agricultura e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Algarve (CCDR).

Os responsáveis destas entidades fizeram o ponto da situação e analisaram os processos em curso para resolver os problemas causados pela seca.

Duas empresas estão a fazer estudos para tentar encontrar uma nova origem de água para o abastecimento público.

Uma nova barragem para a água do Guadiana é uma das opções em cima da mesa entre os projectos a médio e longo prazo, que darão resultados num período de dez a 15 anos, afirmou Orlando Borges.

O presidente do INAG frisou que está na fase final o concurso para a conclusão da barragem de Odelouca e que até ao final do ano será apresentada uma proposta para avançar com a obra.

O aquífero de Querença-Silves, a maior reserva de águas subterrâneas que existe no Algarve atingiu níveis críticos, o que obrigou a reduzir a captação em 50%.

Segundo Orlando Borges, estudos técnicos mostraram agora que esta medida impediu que a captação tivesse de ser interrompida, uma vez que também havia o risco de salinização, já afastado.

Os estudos indicam que o esforço de captação de 50 por cento pode manter-se, sublinhou.

As empresas Águas do Algarve e Águas de Portugal estão a proceder a estudos de manutenção, tendo também apresentado o ponto da situação.

De acordo com Orlando Borges, na Barragem de Odeleite-Beliche houve um uso eficiente e os valores limite definidos não foram atingidos, devido às restrições que foram feitas.

«Mesmo que o próximo ano seja um ano seco temos, com estes projectos e acções, plenamente garantido o abastecimento e os usos prioritários ao Algarve», assegurou o presidente do INAG.
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