Anarec faz queixa à Concorrência se combustíveis não baixarem até 3ª feira - TVI

Anarec faz queixa à Concorrência se combustíveis não baixarem até 3ª feira

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Gasolina e gasóleo têm de voltar para níveis próximos dos de Janeiro

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A associação de gasolineiras espera que as petrolíferas reflictam rapidamente nos preços dos combustíveis a recente queda da cotação do petróleo. E se isso não acontecer, está decidida a pedir a intervenção da Autoridade da Concorrência (AdC).

Com o Brent, petróleo que se negoceia no mercado IPE londrino, e que serve de referência para Portugal, a cotar abaixo dos 100 dólares por barril, valor que já não se registava desde o início do ano, a Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec) considera que está na altura de os preços dos combustíveis voltarem também aos valores que tinham na altura, disse o presidente da mesma, Augusto Cymbron, à Agência Financeira.

«Admitimos que os preços não possam baixar exactamente para o mesmo valor de Janeiro, porque nessa altura o dólar estava muito mais fraco do que agora. Mas tem de haver uma forte aproximação», disse ainda. Recorde-se que, em meados de Janeiro, o preço da gasolina em Portugal rondava 1,373 euros por litro e o do gasóleo 1,179 euros. Contas feitas, e face aos valores actuais, de 1,458 e 1,309, respectivamente, os dois combustíveis poderiam registar descidas de quase 8,5 cêntimos e 13 cêntimos por litro.

Uma «descida significativa» ou várias descidas seguidas

A associação está decidida a esperar até 3ª feira da semana que vem e, se os preços não baixarem, entrará em contacto com a AdC. A Anarec admite ainda que a descida dos preços, que tem de ser «significativa» não aconteça toda de uma só vez, mas sim aos poucos, «em tranches». Por isso mesmo, se os preços baixarem um pouco na 3ª feira, vai esperar por novas descidas ainda durante a semana que vem e a outra a seguir. Mas se essa «descida significativa» não acontecer rapidamente, a queixa avança.

«O mínimo que se pode exigir é que as petrolíferas, que são tão rápidas a reflectir a subida das cotações do crude nos preços dos combustíveis, o sejam também na hora de os descer», acrescentou Augusto Cymbron.

Para o presidente, o argumento usado pelos governantes, de que existem outros países europeus, como a Alemanha, com combustíveis mais caros do que em Portugal, «não é válido, porque nós não temos os mesmos salários. Esse argumento é um insulto para quem ganha o salário mínimo ou até mesmo o salário médio em Portugal», considerou.
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