BCP diz que cenário de OPA sobre BES nunca foi equacionado - TVI

BCP diz que cenário de OPA sobre BES nunca foi equacionado

Paulo Teixeira Pinto 2

O presidente do BCP garantiu hoje que a instituição nunca equacionou lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o Banco Espírito Santo (BES) e que o BPI era o cenário recorrente.

Relacionados
«A operação sobre o BPI voltou a ser ponderada nas duas últimas semanas e a decisão final foi tomada no fim-de-semana», mas «é um cenário que já tinha sido equacionado várias vezes», disse Paulo Teixeira Pinto, em declarações à agência «Lusa».

O presidente do conselho de administração do Banco Comercial Português (BCP) diz que o momento por que passa a instituição financeira definiu o tempo de lançamento da operação sobre o BPI.

«A valorização que o banco tinha agora justificava um movimento desta natureza», explicou, apontando como «factores internos» preponderantes para a decisão as «cotações em alta, os ratings» e o facto de o banco já ter apresentado resultados.

A realização da assembleia geral de accionistas do BCP funcionou também como um «factor simbólico», apesar de a oferta não necessitar de aprovação da assembleia, ao contrário da proposta de aumento do capital social em 4.000 milhões de euros.

«São factores internos que tornavam este momento oportuno», disse.

Lançar uma oferta de aquisição pelo BES é que nunca foi pensado, afirmou Teixeira Pinto, referindo, entre «múltiplas razões», o perfil completamente diferente, tanto a nível da estrutura accionista como de modelo de gestão.

Além disso, sublinhou, uma fusão do BCP com o BES poderia colocar problemas de concorrência, já que em alguns segmentos de negócio a quota conjunta das duas instituições poderia atingir níveis considerados de excessiva concentração.

Teixeira Pinto sublinha, ainda, que, a concretizar-se a integração do BPI, o BCP deixa de ter espaço para consolidar o sector em Portugal, porque a entidade resultante da fusão do BCP com o BPI será líder de mercado.

«Connosco BCP não há espaço para mais consolidação», disse.

No entanto, Teixeira Pinto considera que continuará a existir espaço para concentração no mercado português «entre as instituições bancárias de menor dimensão».
Continue a ler esta notícia

Relacionados