BCP propõe série de «remédios» à Autoridade da Concorrência - TVI

BCP propõe série de «remédios» à Autoridade da Concorrência

Presidente do BCP

A Autoridade da Concorrência (AdC) tem em mãos um conjunto de «remédios» apresentados pelo Banco Comercial Português (BCP) no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre o Banco BPI e que justificou o pedido de esclarecimentos adicionais por parte do regulador.

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O objectivo de Paulo Teixeira Pinto, presidente do BCP, é contornar eventuais obstáculos que possam levar Abel Mateus a chumbar a operação bolsista, avança o «Público».

O BCP entregou, na terceira semana de Dezembro, na AdC, um documento contendo um conjunto de sugestões de compromissos. Na sequência deste gesto, o regulador solicitou ao BCP, a 19 de Dezembro, mais esclarecimentos, que resultaram em nova derrapagem do prazo de análise da operação lançada pelo BCP. Abel Mateus tinha afirmado que esperava poder conseguir anunciar a sua pré-decisão sobre a concentração bancária antes do final do ano. De acordo com as últimas informações que vieram a público, o regulador espera agora poder pronunciar-se na segunda semana de Janeiro, embora haja quem admita que o prazo pode sofrer novo adiamento, quase um ano depois da OPA ter sido lançada (a 13 de Março de 2006).

Com o início da discussão de «remédios» entre o regulador e o banco oferente, abriu-se um processo negocial mais detalhado, que ultrapassa os meros pedidos de esclarecimentos. Nesta fase a AdC vai procurar assegurar que a concorrência seja salvaguardada, enquanto o BCP pretende garantir o mínimo de restrições à sua oferta. Ao contrário da Sonae, que tem uma OPA em curso sobre a Portugal Telecom, o BPI optou por não conduzir o processo de negociação com o regulador em termos públicos.

«A AdC não se pronuncia sobre informações dessa natureza». Foi deste modo que a porta-voz do regulador que zela pela aplicação das regras de concorrência em Portugal reagiu à informação do «Público», apontando para a entrega pelo BCP de um documento contendo propostas de «remédios». O BCP também recusou tecer comentários sobre o assunto.
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