Bolsa teve o pior arranque anual desde 1982 - TVI

Bolsa teve o pior arranque anual desde 1982

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Quebras resultam de perspectivas negativas

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A bolsa de Lisboa está a ter o pior arranque anual desde 1982, ou seja, há 26 anos, considera o ActivoBank 7.

«Estamos em plena época de saldos no comércio nacional. Iniciado no passado dia 28 de Dezembro, este período de quase dois meses é sempre muito aguardado por consumidores ávidos de fazer bons negócios e por lojistas que aproveitam para escoar as últimas colecções», considera o banco na sua análise semanal.

E acrescentam: «Também no mercado de acções os preços têm vindo a baixar desde o início do ano. A desvalorização (em euros) acumulada até à passada sexta-feira era próxima dos 6 por cento, o que se traduz no pior arranque anual desde 1982».

Para os especialistas, a deterioração do sentimento dos investidores nas últimas duas semanas ficou a dever-se à divulgação de indicadores relativos à economia norte-americana, que parecem indiciar o início iminente de um período de recessão, ainda que curto e moderado. As duas primeiras semanas do ano deram sinais de alarme, sobretudo quando três dos principais bancos de investimento dos EUA (Merrill Lynch, Morgan Stanley e Goldman Sachs) divulgaram estudos que coincidiam no cenário de recessão.

Analistas prevêem decréscimo de 10,7% dos resultados das empresas nos EUA

No entanto, o ActivoBank 7 sublinha que nem todas as previsões são tão pessimistas. Segundo o habitual inquérito da «Bloomberg» a 66 reputados economistas, ainda que as expectativas de crescimento para 2008 tenham sido reduzidas face ao mês anterior, os valores estimados ainda são positivos para todos os trimestres do ano em curso.

Assim, as quebras resultam também de uma deterioração significativa das expectativas dos investidores sobre o ritmo de crescimento dos resultados.

«Há apenas três meses, os analistas previam um crescimento anual de 11,5% para os resultados do quarto trimestre das empresas norte-americanas. Neste momento, e estando já em curso a época de divulgação de resultados, as previsões apontam para um decréscimo de 10,7%, largamente influenciado por uma quebra de 70% no sector financeiro», adianta o banco.

A concretizar-se esta previsão, o quarto trimestre de 2007 será o segundo trimestre consecutivo com uma quebra efectiva de resultados, a primeira vez que tal acontece desde há seis anos.
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