Bruxelas aprova reforço da Amorim na Galp

Bruxelas entende assim que o negócio não ameaça a livre concorrência no sector. A Comissão explica, no comunicado que «a ENI opera no ramo do petróleo e gás, petroquímicos e engenharia; o Grupo Américo Amorim actua na produção e venda de cortiça e derivados para exportação a nível mundial, imobiliário, agricultura e ramo florestal em Portugal, além de deter interesses minoritários no sector da banca em Portugal, Espanha e Angola; a CGD é um grupo financeiro controlado pelo Estado, que actua a nível interno na anca comercial e de retalho, mercado de capitais, seguros, crédito especializado e gestão de activos, mas também a nível internacional na banca de retalho, banca de investimento e mercado de capitais. As principais áreas de negócios da Galp são a exploração e produção de petróleo, a refinação e comercialização de derivados de crude e petroquímicos, e todos os níveis da cadeia de transporte e distribuição de gás em Portugal».

A Comissão explica ainda que a operação foi examinada do ponto de vista do regime simplificado de fusões.

O prazo para o «OK» da Comissão terminava precisamente hoje. Com uma posição actual de 33,34% da energética nacional, o acordo fixa a ENI como parceiro da Galp no quadro internacional. O Estado controlava 30% da Galp, a REN 18,3%, e Amorim Energia 14,3% e a Iberdrola 4%. No final da operação aprovada hoje por Bruxelas, Américo Amorim soma à posição que comprou à EDP, os 18,3% da REN, totalizando uma participação na energética de cerca de 32%. Falta ainda saber qual a participação da Caixa Geral de Depósitos na Galp. Apesar de não ser muito elevada, deverá manter direitos especiais.