Constâncio acredita em défice abaixo de 3% no ano que vem - TVI

Constâncio acredita em défice abaixo de 3% no ano que vem

Vítor Constâncio

O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, acredita que o Governo conseguirá cumprir as novas metas a que se propõe na redução do défice orçamental.

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À margem das V Jornadas dos Tribunais de Contas internacionais, o responsável disse pensar «que é possível atingir o objectivo oficial, que está neste momento definido, de 3,2%» para este ano. Constâncio considera ainda que «as perspectivas de evolução da economia até agora apontam para essa possibilidade».

O governador lembrou que «no ano passado tivemos um desempenho extraordinário, com a redução mais preferencial do défice público e tudo indica que este ano esse caminho de ajustamento e consolidação das finanças públicas continuará, o que é muito importante para a confiança dos agentes económicos nos mercados financeiros e, consequentemente, para o futuro do País».

Sobre a meta traçada pelo Executivo, de reduzir o buraco das contas públicas para 3% no ano que vem, cumprindo assim o tecto imposto pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), e quando questionado sobre a sua exequibilidade, Vítor Constâncio limitou-se a dizer que «é esse o compromisso que está no Programa de Estabilidade apresentado pelo Governo à Comissão Europeia e penso que o desempenho do ano passado, com a redução tão substancial do défice e a descida da despesa pública em percentagem do produto nacional, são um elemento que reforça a credibilidade dos objectivos para o próximo ano».

E concluiu: «Até este momento não vejo razão para duvidar da possibilidade que em 2008 teremos um défice inferior a 3%».

O governador reiterou ainda a previsão de que a inflação portuguesa deverá ficar ligeiramente acima de 2% este ano.

«Nós temos uma perspectiva de inflação que resulta das previsões que publicamos mas que, como se sabe desde há algum tempo, essas previsões assentam na hipótese de que as variáveis económicas, e em particular as taxas de juro, evoluirão de acordo com aquilo que os mercados financeiros estão à espera que aconteça. Portanto essa hipótese está implícita nas próprias previsões e, nesse sentido, as previsões confirmam que a inflação nos próximos tempos estará nos valores que nós previmos. No nosso caso, um pouco acima de 2% e no caso da área do euro, à volta dos 2% ou mesmo um pouco abaixo», disse.
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