Consumidores só suportaram metade do aumento do IVA - TVI

Consumidores só suportaram metade do aumento do IVA

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A Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição o (APED) garante que o aumento do IVA no segundo semestre do ano passado, de 19% para 21%, apenas foi repercutido em 50% para o consumidor final.

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De acordo com o presidente da associação (que representa 80 empresas, entre as quais hiper e supermercados, mobiliário, vestuário e calçado, etc.), Luís Vieira e Silva, as empresas de distribuição acabaram por absorver «metade do aumento de 2% da taxa de IVA». Uma tendência que o mesmo não garantiu que vá manter-se em 2006, embora alguns grupos, como o Carrefour, já tenham anunciado a manutenção do congelamento de preços dos produtos das suas marcas durante este ano.

Ainda assim, segundo o mesmo responsável, a subida do IVA representou, tal como esperado, uma queda nas vendas destas empresas. No que diz respeito ao comércio não alimentar, a evolução nas vendas desde Julho último, e até Dezembro de 2005, foi de 2,8% em relação ao mesmo semestre do ano anterior, enquanto que a evolução no primeiro semestre havia sido de 4,3%. «Ou seja, perdeu-se 1,5% de crescimento, que nós acreditamos que tenha a ver com o impacto da subida do IVA», disse Luís Vieira e Silva.

Recorde-se que, este ano, a agravar uma eventual subida de preços ainda devido ao impacto do IVA mais elevado, está o aumento do preço da electricidade, que os comerciantes deverão repercutir nos preços de venda ao público.

Refira-se que as empresas associadas da APED, onde constam os grandes grupos nacionais, como a Sonae e a Jerónimo Martins, por exemplo, representam 6% do PIB, 10% do consumo privado, e são responsáveis pela criação de 50% dos postos de trabalho no comércio retalhista.
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