A crise no sector da construção que se arrasta há seis anos ainda está longe do fim. Esta é pelo menos a opinião do presidente da OPWAY Engenharia, Jorge Grade Mendes, que em entrevista à Agência Financeira fala sobre o seu sentimento sobre a área.
«Este e o próximo serão anos difíceis. A crise começou em 2002 e deve arrastar-se até inícios de 2010», comentou.
De acordo com o mesmo, em Portugal há falta de capacidade de execução e não de planeamento, onde estará a génese dos problemas.
Quanto à postura do Governo no sector, Grade Mendes faz parte do grupo crítico. Considera que o Executivo não tem dado os incentivos certos e opõe-se ao Código de Contratos Públicos (regime das empreitadas de obras públicas e aquisição de bens e serviços), que parece ter ignorado as sugestões do sector e que aumenta a conflitualidade no mesmo. «Há mais coisas negativas que positivas», acrescentou.
Para o responsável da OPWAY, a proposta contém algumas partes que não contribuem da melhor forma para o desenvolvimento.
«Apesar de tudo, somos optimistas», garante à AF. Grade Mendes aguarda assim com expectativa os grandes projectos nacionais para os próximos dez anos-Novo Aeroporto de Lisboa, comboio de alta velocidade (TGV), terceira ponte sobre o Tejo, novas estradas e as novas barragens-«desde que vão para terreno nas datas previstas».
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Crise na construção deve manter-se até 2010
- Marta Dhanis
- 2 jun 2008, 09:57
![Jorge Grade Mendes](https://img.iol.pt/image/id/10792605/1024.jpg)
Grade Mendes critica actuação do Governo
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