Crise no Líbano sem impacto real no preço do petróleo

Apesar do crude ter tocado vários máximos sucessivos, na semana passada, depois do início do conflito, o seu valor está agora, após tomadas de mais valias, a negociar a níveis semelhantes aos anteriores a esta crise.

No entanto, o petróleo já transaccionava a níveis elevados uma vez que há problemas geopolíticos no Irão e também na Coreia do Norte; queda de stocks nos EUA e onde a procura é cada vez maior nesta época estival e, ainda, onde é altura de ciclones iminentes. Todos estes factores têm contribuído para que nas últimas semanas o petróleo negoceie acima dos 70 dólares por barril.

No passado dia 11 de Julho, o IPE Brent negociava-se, em Londres, a 73,45 dólares por barril e, nos EUA, o crude valia 74,08 dólares por barril, um dia antes do início do conflito no Líbano.

Já no dia seguinte, o movimento xiita libanês do Hezbollah procedeu a ataques contra posições israelitas junto à fronteira com o Líbano, o primeiro dos quais, acabou por resultar na morte de três militares israelitas e no sequestro de outros dois.

Tensões no Médio Oriente levou a recordes sucessivos

Depois deste, vários outros ataques se sucederam, sem que houvesse perspectivas de cessar-fogo entre Israel e o Líbano, o que exerceu uma pressão sem precedentes nas seguintes sessões. Além disso, o mercado receava cada vez que esta situação se alargasse a outros países.

Desta forma, o petróleo esteve a alcançar vários recordes sucessivos, sendo que, na passada sexta-feira, dia 14 de Julho, foi alcançado o último máximo do Brent nos 78,18 dólares por barril e, nos EUA, nos 78,40 dólares por barril.

Esta semana, a crise continua e não parece ter um fim próximo. No entanto, o petróleo entrou em tomada de mais valias e voltou a negociar nos níveis anteriores a esta crise no Líbano, mas o mercado permanece bastante atento ao seu desenrolar.

Hoje, o crude está a ser impulsionado pelas notícias de que o exército de Israel convocou reservistas para o conflito no Líbano.

Assim, o IPE Brent, crude de referência para a Europa, vale agora mais 57 cêntimos para os 74,84 dólares por barril e, em Nova Iorque, o petróleo transacciona-se para os 74,40 dólares por barril, uma subida de 1,20 dólares.

Só este ano, o crude já valorizou 20% e poderá chegar aos 100 dólares por barril até ao final do ano, sendo que este conflito no Médio Oriente contribuiu para uma subida de 8%.