A instituição diz que as medidas de correcção introduzidas no Verão não foram suficientes para travar a deterioração das expectativas e «o forte crescimento da receita fiscal» também não chegou para impedir que a posição orçamental subjacente apresente agora «uma deterioração em 2005 reflectindo, em particular, o aumento significativo das despesas em pensões e das despesas com pessoal».
«A evolução das contas públicas repercutiu-se no rating da República, que foi reavaliado em baixa por algumas das principais agências», mas nem tudo é mau, já que esta revisão em baixa não se traduziu «num aumento significativo do prémio de risco na emissão de dívida pública».
No que toca às necessidades líquidas de financiamento externo da economia, medidas pelo défice conjunto das balanças corrente e de capital, deverão exceder 8% do PIB, o que corresponde a um aumento de mais de 2 pontos percentuais (p.p.) face ao défice registado em 2004.
Défice deverá atingir 6% do PIB este ano
- Redação
- PGM
- 15 nov 2005, 13:46
O Banco de Portugal (BdP) prevê, no seu Boletim de Outono, «um agravamento mais acentuado dos desequilíbrios da economia portuguesa em 2005». O défice das administrações públicas deverá ascender a 6% do Produto Interno Bruto (PIB) e a dívida pública continuará a aumentar, devendo exceder 65% do PIB no final do ano.
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