Desemprego atinge os 8% no último trimestre de 2005 - TVI

Desemprego atinge os 8% no último trimestre de 2005

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A taxa de desemprego atingiu o valor de 8% no 4º trimestre de 2005. Em termos de valores médios anuais, a taxa de desemprego passou de 6,7%, em 2004, para 7,6%, no ano seguinte , referem dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

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O valor registado no último trimestre do ano passado representa um acréscimo de 0,3 pontos percentuais, em relação ao trimestre anterior e de 0,9 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre homólogo de 2004. No 4º trimestre de 2005, encontravam-se desempregados 447,3 mil indivíduos (mais 17,4 mil e mais 57,6 mil indivíduos do que nos trimestres anterior e homólogo, respectivamente).

A taxa de desemprego média anual de 2005 fixou-se em 7,6%, valor superior, em 0,9 p.p., ao registado em 2004.

Mulheres são as mais penalizadas e Alentejo a zona mais afectada

Numa análise por sexo, os acréscimos trimestrais, homólogos e anuais na taxa de desemprego ocorreram tanto para as mulheres como para os homens, embora as mulheres continuem a deter as maiores taxas (9,2% contra 7,0%, no 4º trimestre de 2005, e 8,7% contra 6,7%, em 2005).

No 4º trimestre de 2005, as taxas de desemprego mais elevadas registaram-se nas regiões Alentejo (9,4%), Lisboa (9%) e Norte (9%). Os valores mais baixos para este indicador continuaram a observar-se nos Açores (4,4%) e na Madeira (5,1%). Em termos dos valores médios anuais de 2005, estas posições na hierarquia foram as mesmas.

Face ao trimestre anterior, a taxa de desemprego subiu em todas as regiões com excepção de Lisboa e do Alentejo, onde a taxa se manteve. O acréscimo mais expressivo, de 0,7 p.p., ocorreu na Madeira. Seguiram-se as regiões Centro e Algarve, onde o acréscimo trimestral na taxa de desemprego foi, em ambos os casos, 0,6 p.p..

Quanto à população desempregada, no 4º trimestre de 2005, encontravam-se desempregados 447,3 mil indivíduos, o que corresponde a uma acréscimo de 4%, face ao trimestre anterior, e de 14,8%, face ao trimestre homólogo de 2004. O acréscimo trimestral observado, que abrangeu 17,4 mil indivíduos, foi maioritariamente explicado pelo aumento do número de homens desempregados: cerca de 54,6% do acréscimo trimestral no número de desempregados. Por outro lado, 63,2% do aumento homólogo no número de desempregados dizia respeito a mulheres.

Entre os anos de 2004 e 2005, o desemprego aumentou 15,7%, sendo de 422,3 mil o número médio de desempregados estimado para 2005. Cerca de 56% daquele aumento foi explicado pelo aumento do desemprego de mulheres.

Serviços empregam mais pessoas

Relativamente à taxa de actividade registada em Portugal, no último trimestre de 2005, foi 52,7%, valor superior ao do trimestre anterior, em 0,1 pontos percentuais (p.p.), e ao do trimestre homólogo de 2004, em 0,3 p.p.. A taxa de actividade dos homens foi 58,1% e a taxa de actividade das mulheres foi 47,7%.

Numa análise da evolução da população empregada por sector de actividade económica, verificou-se uma diminuição trimestral, homóloga e anual no número de empregados dos sectores de actividade da agricultura, silvicultura e pesca e da indústria, construção, energia e água e um aumento nos serviços.

O sector da indústria, construção, energia e água empregou, no 4º trimestre de 2005, menos 5,9 mil indivíduos do que no trimestre anterior e menos 29,9 mil indivíduos do que no trimestre homólogo de 2004. Se se compararem as médias anuais, verifica-se que em 2005 este sector empregou menos 29,4 mil indivíduos do que em 2004.

Por seu turno, o sector dos serviços empregou mais 19,4 mil indivíduos do que no trimestre anterior e mais 40,6 mil indivíduos do que no trimestre homólogo de 2004. O número médio de empregados neste sector, em 2005, foi superior ao de 2004 em 41,2 mil indivíduos.
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