E.ON separa finalmente redes de distribuição e transporte

A eléctrica alemã E.ON acabou por ceder as pressões de Bruxelas e vai vender a sua rede de distribuição de electricidade. Desta forma, fica resolvido o conflito que tinha com a Comissão Europeia por abuso de posição dominante e vai permitir o aumento da concorrência no mercado alemão de energia, tal como já aconteceu em Portugal quando a EDP vendeu a REN.

A decisão da E.ON não modificou a atitude do Governo de Berlim que, durante a reunião do Conselho de Energia da UE que se realizou na passada quinta-feira, manteve o seu veto juntamente com a França à proposta de Bruxelas de impor as empresas energéticas a separação patrimonial entre as actividades de produção e de gestão de redes («unbundling»).

De qualquer modo, a Comissão acolheu com satisfação a oferta da E.ON e disse que, se o resto dos rivais do mercado estiverem de acordo, vai fechar os processos abertos contra a eléctrica alemã.

Em concreto, a empresa compromete-se a vender a sua rede de distribuição de electricidade a um operador que não tenha interesses nos sectores de geração de electricidade e fornecimento, e desligar-se de 4.800 MegaWatts de capacidade de geração a favor dos concorrentes.