Economia nacional cresce 0,5% e finta expectativas - TVI

Economia nacional cresce 0,5% e finta expectativas

Bandeira de Portugal3

A economia nacional registou um crescimento de 0,5% no segundo trimestre deste ano, face aos primeiros três meses de 2005. Já quando comprado com o trimestre homólogo, o Produto Interno Bruto (PIB) português avançou 1%.

Relacionados
Este crescimento da economia surpreende os analistas e economistas, que apontavam para uma contracção no período em causa. «O contributo da procura externa líquida para o crescimento do PIB foi menos desfavorável do que no trimestre anterior, com as

Importações de Bens e Serviços a registarem uma desaceleração. A procura interna continuou em abrandamento face ao trimestre anterior, embora se tenha verificado um efeito de antecipação de despesas de consumo final em bens duradouros devido ao aumento da taxa normal de IVA», explica o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

Recorde-se que, nos primeiros três meses do ano, a economia nacional abandonou a recessão técnica em que entrara no segundo trimestre do ano passado, ao crescer, em termos reais, 0,1% face ao homólogo, e 0,2% em volume face ao trimestre precedente.

Os economistas apontavam para uma nova contracção económica, provocada não só pelo marcar passo da Europa, mas também pelo aumento do preço do petróleo, cujos efeitos nefastos alargam como uma maré negra.

De resto, o próprio ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, admitiu já que Portugal atravessa um «período de estagnação», muito por culpa do preço do crude, que está já bastante acima dos 50,1 dólares por barril, previstos pelo Executivo quando elaborou as perspectivas para 2005.

Apesar de admitir que a situação «não deixa de ser preocupante», o governante garantia há duas semanas atrás que «falar de recessão parece-me nesta altura um pouco excessivo».

Também o Banco de Portugal deixara o alerta de que a economia nacional corre o sério risco de estagnar durante este ano e de quase não recuperar em 2006. No Boletim Económico do Verão, a instituição reduzia para um terço o crescimento esperado e adiantava que Portugal enfrenta um período de fraco crescimento económico. O preço do crude era já então apontado como um dos riscos para a economia.

(Notícia com actualização dentro de momentos)
Continue a ler esta notícia

Relacionados