Economia nacional cresce 1,5% impulsionada por exportações - TVI

Economia nacional cresce 1,5% impulsionada por exportações

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O Produto Interno Bruto (PIB) português registou uma contracção de 0,2% no terceiro trimestre deste ano, face ao segundo.

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A descida foi influenciada pela quebra da Formação Bruta em Capital Fixo (FBCF) em Construção e pelo aumento das Importações de Bens e Serviços.

No entanto, face ao homólogo, a economia nacional cresceu 1,5% no terceiro trimestre deste ano, em termos reais. Este crescimento representa uma aceleração face aos 0,8% registados no 2º trimestre, revela o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

As Exportações de Bens e Serviços mantiveram um elevado crescimento em volume (8,8%), acelerando comparativamente ao trimestre anterior. As Importações de Bens e Serviços registaram igualmente uma aceleração em termos homólogos, crescendo 4,7% em volume, pelo que o contributo da procura externa líquida para o crescimento do PIB diminuiu, fixando-se em 0,9 pontos percentuais.

No segundo trimestre, as exportações tinham subido 7,7% verificado no período anterior. A variação homóloga do 3º trimestre de 2006 representou um contributo para o crescimento do PIB de 2,9 p.p., o mais alto desde o ano 2000. «Este elevado crescimento homólogo foi comum às componentes de bens e de serviços, com a primeira a revelar uma variação de 7,5% em volume no 3º trimestre de 2006 (7% no anterior)», diz o INE.

Comunicações, automóveis e máquinas lideram exportações

No que diz respeito aos produtos exportados com contributos mais significativos, destacam-se: os equipamentos e aparelhos de rádio, televisão e comunicação; os veículos automóveis; e ainda as máquinas e aparelhos não especificados.

As Exportações de Serviços, por sua vez, aumentaram 13,8% no 3º trimestre de 2006 (10,4% no período anterior). As Importações de Bens e Serviços registaram uma variação de 4,7% em termos homólogos no 3º trimestre de 2006, acelerando face à variação de 2% no anterior. As Importações de Bens aumentaram 5,2% em volume (variação de 2,3% no trimestre anterior). De notar a forte revisão ocorrida ao nível das Importações de Bens na primeira metade de 2006, com particular incidência no 2º trimestre, sobretudo associada às já referidas aeronaves. A componente de serviços teve igualmente um perfil ascendente, passando de uma variação de -0,4% no 2º trimestre de 2006 para 1,1% no período seguinte.

Em termos nominais, o saldo da Balança de Bens e de Serviços, medido em percentagem do PIB, agravou-se, fixando-se em -7,9% no 3º trimestre de 2006 (-7,7% no período anterior).

O deflator das Importações de Bens e Serviços continuou em desaceleração, em virtude do abrandamento do preço dos produtos petrolíferos e seus derivados. Este resultado, em conjunto com a desaceleração menos significativa do deflator das Exportações de Bens e Serviços, conduziu a uma melhoria dos termos de troca face ao verificado no trimestre anterior.

Necessidade de financiamento piorou para -8,3%

A Necessidade de Financiamento da economia portuguesa, medida em percentagem do PIB, deteriorou-se, passando de -7,7% no 2º trimestre de 2006 para -8,3% no seguinte. Este resultado deveu-se principalmente ao já referido comportamento do saldo da Balança de Bens e Serviços, mas também à diminuição do saldo das transferências correntes.
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