«Dada a gravidade do tema, e com o peso do consumo doméstico, faria todo o sentido, se desse início de um processo de premiar quem passasse a fazer economias de consumo. Só que as empresas de energia são privadas e o lucro é o seu objectivo», referiu António de Almeida, numa conferência sobre o «Futuro do Sector Energético em Portugal», organizada pela Associação de Amizade Portugal/Estados Unidos da América.
Assim, António de Almeida tem em conta que «no mundo dos negócios, se premeiam os consumidores mais gastadores e, de preferência, os mais distraídos» e concluiu que «o objectivo da eficiência energética contrapõe-se às regras das empresas».
O responsável mostrou-se, ainda, descontente como IVA aplicado à electricidade. «Há um sério problema energético no país, mas aplica-se um imposto reduzido na electricidade, apenas 5%. O IVA para as empresas seria relevante, mas para os milhões de eleitores, os consumidores domésticos, já este problema mexia de maneira bastante mais relevante».
Quanto ao futuro das energias alternativas, é de destacar que o representante da EDP calcula que, «dentro de 10 anos, não deve haver alternativa que não seja entrar no nuclear».
Por fim, António de Almeida sublinhou a importância do sector energético e, em particular, da electricidade. «Representam dos sectores mais importantes e apetecidos e dos mais complicados de gerir. É que sem electricidade tudo pararia e a vida tornar-se-ia completamente impossível, por isso, tomar decisões neste mercado requer muita prudência e pouca excitação», alertou.
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EDP descontente com IVA na electricidade
- Marta Dhanis
- 11 jul 2006, 19:58
![Electricidade](https://img.iol.pt/image/id/31839/1024.jpg)
A EDP está descontente com o IVA aplicado ao mercado da electricidade, de acordo com o presidente do seu conselho geral, que considerou ainda que quem faz economias de consumo deveria ser premiado.
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