Iberdrola e Enel ainda têm hipótese no concurso eólico

Esta informação foi comunicada à CMVM pela Mota-Engil. «De acordo com o Relatório de Avaliação de Propostas na Fase A, aprovado pelo júri do concurso, o consórcio Ventinveste foi admitido à fase seguinte de negociações em conjunto com o Consórcio Eólicas de Portugal», refere.

Segundo este documento, os consórcios da EDP e da Galp terão tido as melhores qualificações entre um conjunto de quatro agrupamentos. Desta forma, os outros dois consórcios, o da Iberdrola/Gamesa e o da Enel/Unión Fenosa, terão ficado no final da lista do júri.

No entanto, a «Agência Financeira» apurou que esta classificação não é definitiva, uma vez que as condições do concurso prevêem que as empresas, agora notificadas com o relatório do júri, tenham 10 dias para se pronunciarem sobre essas mesmas avaliações, caso o queiram fazer. Além disso, os termos pressupõem que o júri indique, preferencialmente, dois concorrentes para a fase de negociação, mas poderá entender que sejam aprovados mais outro participante para a fase de negociação, após esses 10 dias.

Fonte oficial do Consórcio Novas Energias Ibéricas (liderado pela Iberdrola) disse ápenas que tinham tomado conhecimento do relatório e que irão «analisar detalhadamente os termos das avaliações do júri, em todas as suas dimensões, reservando, por agora, a sua apreciação para um momento posterior».

Fonte próxima do processo adiantou, ainda, que o consórcio da Enel ficou em quarto lugar desta primeira classificação, o que coloca, assim, o agrupamento da Iberdrola em terceiro lugar.

Recorde-se que neste concurso está em causa a atribuição de 1.000 MW numa primeira fase, e outros 500 MW para aquele que conquistar o segundo lugar. De salientar também é que a EDP concorreu apenas à primeira, que está em curso, mas já a Galp tem propostas para ambas.