«A selecção dos locais para fazer a co-incineração foi um processo profundamente nebuloso. Afinal, nunca foram explicadas as verdadeiras razões para escolher Souselas e o Outão. Houve claramente uma decisão política», frisou José Manuel Silva num colóquio/debate sobre «Saúde e Gestão de Resíduos», no auditório da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
Ao intervirem na sessão, os representantes das cimenteiras Cimpor e Secil afirmaram que as respectivas empresas não foram contactadas pelo governo no processo de escolha das unidades de Souselas e Outão para fazer a co-incineração de resíduos industriais perigosos.
«Não fomos contactados pelo governo relativamente a este processo, que estamos convencidos que é seguro. Quando formos, na altura, tomaremos a posição que acharmos correcta», afirmou Carlos Abreu, da Secil, enquanto Teresa Murta Martins, da Cimpor, garantiu igualmente que esta cimenteira não foi auscultada pelo executivo.
Ao encerrar a iniciativa, em que desempenhou a função de moderador, José Manuel Silva manifestou perplexidade por o governo ter «imposto a co-incineração às cimenteiras sem as ouvir».
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Escolha das cimenteiras para co-incineração foi processo nebuloso
- Redação
- 31 mar 2006, 10:03
![Souselas - cimenteira](https://img.iol.pt/image/id/10855/1024.jpg)
O presidente do conselho regional do Centro da Ordem dos Médicos criticou quinta-feira à noite em Coimbra o processo de escolha dos locais para fazer a queima de resíduos perigosos, considerando-o «profundamente nebuloso», segundo a «Lusa».
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