O prémio Nobel da Economia Joseph Stiglizt considerou, esta sexta-feira, que o Governo deve encontrar formas de controlar os spreads e defendeu que uma das possibilidades para sair da crise passa por conceder mais dinheiro, sobretudo às PME.
Citado pela TSF, o Nobel que participou nas Conferências do Estoril diz que o Executivo português deve apostar numa forma de controlar os spreads que os bancos praticam no mercado, já que perdeu a capacidade de controlar política monetária quando aderiu ao euro.
Cuidado: bancos sobem spreads mesmo sem poder
«O Banco Central Europeu controla a taxa de juro oficial, mas a taxa a que as empresas conseguem pedir emprestado pode ser diferente no mercado. Ora, uma das consequências desta crise é que o spread tem aumentado no mercado. As políticas governamentais podem afectar a magnitude desses spreads», explicou.
Descem juros, sobem spreads
«Penso que países como Portugal devem pensar mais em instrumentos formas como podem controlar isso [o acesso ao crédito], e dessa forma a competitividade», sublinhou.
Por exemplo, referiu Stiglitz, podem ser criadas «garantias governamentais sobre os empréstimos».
Bancos já cobram spreads acima de 3%
Joseph Stiglizt defendeu que a saída para estimular a economia portuguesa sem gastar muito dinheiro dos cofres do Estado passa por «tornar o crédito mais acessível» às pequenas e médias empresas, «com taxas de juro mais baixas».
Esta via «terá um custo orçamental muito mais baixo» mas tem de ser feita «com cuidado» para não emprestar dinheiro a quem não pode pagar, acrescentou.
«Governo devia tentar controlar os spreads»
- Redação
- PGM
- 9 mai 2009, 11:23
Garantias estatais sobre empréstimos podem ser a solução
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