Governo e farmacêuticas travam despesa pública com medicamentos - TVI

Governo e farmacêuticas travam despesa pública com medicamentos

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O Ministério da Saúde chegou a acordo com a Apifarma para limitar o crescimento das despesas com medicamentos.

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No programa Haja Saúde, gravado no dia 15, e que será emitido amanhã, sábado, dia 17, na 2:, Correia de Campos discute alguns dos temas quentes da Saúde nacional. Durante os 50 minutos de debate, o ministro revela posições sobre a ANF, o sistema de comparticipação de medicamentos e a intenção de fazer um acordo com a Indústria Farmacêutica.



«Esse acordo, de médio prazo, entre dois parceiros fortes (Ministério da Saúde e Apifarma) prevê limites de crescimento da tabela de gastos do Ministério com medicamentos. O dinheiro que ultrapassar esse tecto será devolvido pela indústria farmacêutica ao Estado, que em vez de o distribuir pelo seu orçamento geral, usá-lo-á para investir na investigação terapêutica», refere o ministro.



Exportação de medicamentos rende mais que o vinho do porto



Segundo Correia de Campos, esta «estratégia visa desenvolver um sector produtivo nacional» e, como consequência, aumentar a nossa exportação de produtos farmacêuticos, cifrada em 300 milhões de euros/ano. Um montante «superior ao conseguido com a venda anual de vinho do Porto ao estrangeiro».



Para além do Ministro da Saúde, participam no debate moderado por Marina Caldas, Gomes Esteves, presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), Aranda da Silva, bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, e Eduardo Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral.



Sobre a redução da comparticipação do Estado no preço de medicamentos para doenças crónicas, Correia de Campos justifica que tal se deve à situação difícil do país. «A comparticipação é um problema importante. É evidente que se o Serviço Nacional de Saúde tivesse todo o dinheiro do mundo, eu teria o maior prazer em comparticipar tudo a 100%.»



A propósito da intenção de entendimento com a Apifarma, Correia de Campos deixa ainda no ar a possibilidade de outro entendimento com a ANF. Também pretendemos celebrar acordos com a ANF¿ E, digo mais, não o julgamos impossível.»
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