António Correia de Campos reagia desta forma à greve de dois dias convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que hoje teve início, em protesto contra a elevação da idade da reforma dos 57 para os 65 anos.
«A questão principal é a da igualdade de tratamento de todas as profissões do sector público», afirmou o ministro, pelo que «não haverá qualquer regra de excepção, quaisquer que sejam as greves que venham a ser feitas».
Questionado pelos jornalistas sobre a proposta de os enfermeiros passarem a realizar outras tarefas «mais adequadas à sua idade» a partir dos 57 anos, anunciada hoje pela secretária de Estado Adjunta do Ministro da Saúde, o ministro limitou-se a adiantar que esta possibilidade «não é específica da profissão de enfermagem».
«Os professores já têm essa possibilidade e os médicos deixam de fazer urgências a partir de determinada altura», exemplificou o governante, que hoje debate no parlamento a política do medicamento, num debate de urgência pedido pelo PSD.
Além da contestação às alterações da idade da reforma, a paralisação convocada pelo SEP visa também «exigir, no âmbito da carreira de enfermagem, a avaliação de desempenho» dos profissionais, a negociação da carreira e o fim da precariedade dos vínculos laborais dos enfermeiros.
De acordo com o sindicato, a adesão à greve neste primeiro dia de protesto terá rondado os 80 a 90%.
Governo recusa excepções à Lei apesar das greves
- Redação
- Lusa/PGM
- 12 out 2005, 17:50
O ministro da Saúde recusou hoje a possibilidade de existirem alterações à lei da idade da reforma para a administração pública nas profissões do sector «quaisquer que sejam as greves que venham a ser feitas».
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