Hipers: greve arrisca abastecimento das famílias neste Natal

A associação dos super e hipermercados acusa os sindicatos do sector, que se preparam para marcar uma greve para a véspera de Natal, de irresponsabilidade. E diz mesmo que a paralisação dos trabalhadores nesse dia pode pôr em causa o abastecimento das famílias portuguesas para a consoada.

A ameaça dos sindicatos surge depois de se saber que as empresas do sector querem o direito de alargar os horários dos trabalhadores do sector para 60 horas semanais. 12 horas diárias, se dividirmos o horário por cinco dias de trabalho.

Greve nos hipers é «ataque de baixa qualidade»

A Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) lembra que o sector da distribuição moderna é dos poucos que gera valor, cria empregos e investe nesta altura de crise e sublinha que, de um modo geral, as empresas do ramo «pagam salários superiores aos mínimos estabelecidos, pelo que não se compreendem as razões desta lamentável atitude dos sindicatos».

Trabalhadores preparam greve para a véspera de Natal

Os hipermercados defendem que esta greve pode colocar em causa algumas empresas e ameaçar postos de trabalho.

«No momento em que as dificuldades económicas e financeiras, de uma gravidade nunca antes sentida, colocam o emprego como uma das prioridades nacionais, entendemos que esta posição sindical extremista, de mera reivindicação social esquece o fundamental que é assegurar a perenidade das empresas e dos respectivos postos de trabalho», refere a APED em comunicado.

«A APED não aceita, a pretexto da negociação do contrato colectivo de trabalho, formas de pressão desta natureza», e diz acreditar que os trabalhadores «não irão corresponder a esta ameaça de greve».