Iberdrola e Gamesa com proposta de 1.200 milhões nas eólicas

A candidatura da Novas Energias Ibéricas (NEI), assim se chama o consórcio, inclui um projecto eólico de 1.055 milhões de euros e um projecto industrial de 135 milhões de euros, esclarecem em comunicado.

A proposta implica também a criação de mais de 700 novos postos de trabalho (500 directos e 200 indirectos), e materializar-se-á com a construção de 5 fábricas de aerogeradores nas cidades da Guarda e de Paços de Ferreira, nos próximos dois anos.

As instalações do projecto industrial terão uma extensão aproximada de 100 mil m2 e serão capazes de fabricar anualmente mais de 124 aerogeradores, que totalizarão uma potência aproximada de 250 MW. Estas incluem uma fábrica de torres, outra de pás, uma de electrónica de potência, outra de montagem de aerogeradores e um centro de logística.

A Guarda, onde serão criados dois terços dos empregos previstos, acolherá as fábricas de torres e de montagem de aerogeradores, assim como o centro logístico. Em Paços de Ferreira instalar-se-ão as fábricas de pás e de electrónica de potência.

VAB supera 80 milhões em ano cruzeiro

O projecto industrial também inclui a construção de outras 3 unidades de apoio (um centro de controlo e despacho; uma pequena unidade de bombagem, associada a uma mini-hídrica; uma unidade de armazenagem de hidrógeno).

O valor acrescentado bruto (VAB) directo de todo o projecto, em ano de cruzeiro, superará os 80 milhões de euros e as exportações anuais rondarão os 277 milhões de euros, esclarece ainda o comunicado.

O investimento indirecto do projecto industrial ascende a 17 milhões de euros, a um VAB, em ano de cruzeiro, de 11 milhões de euros, e implica a criação de 215 postos de trabalho indirectos.

Carteira de encomendas garantida para oito anos

Com uma carteira de pedidos para oito anos já garantida desde a entrada em funcionamento, está previsto que se exporte mais de metade de toda a produção. «Neste sentido, a inciativa da Iberdrola e da Gamesa terá um impacto positivo na economia portuguesa, tanto pelos investimentos e pela criação de emprego como pela quantidade de trabalho e pelas exportações», garantem, explicando que este impacto positivo na economia nacional surgirá «graças à criação de uma importante rede de fornecedores nacionais». De entre eles, destacam os Estaleiros Navais de Peniche, a Cabelte, a IDOM Engenharia, a Amara Portugal, a CIN, a 3Marcos Welding, a Kimberlin, a José M. Vaz Pereira e a Administração dos Portos do Douro e Leixões.