Jerónimo Martins, Cofina e Sonaecom são alvos prováveis de OPA - TVI

Jerónimo Martins, Cofina e Sonaecom são alvos prováveis de OPA

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Banif elege a Jerónimo Martins, a Cofina e a Sonaecom como as mais suscéptiveis de uma OPA.

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O Banif considera que, além das empresas que neste momento estão a ser alvo de OPA (PT, PT Multimédia e BPI), existem outras, como a Jerónimo Martins, Cofina e Sonaecom, que surgem como potenciais objectos de interesse.

A casa de investimento também refere, num relatório de research hoje divulgado, que «parece inevitável que algo acontecerá com a Media Capital no próximo ano e meio», afigurando-se «provável» uma guerra pelo controlo do grupo de media entre a RTL e a Prisa.

O Banif estipula um preço-alvo para as diversas empresas com base num cenário de OPA e refere que, no caso da Media Capital, a cujas acções atribui um preço de 8,94 euros, e tendo em conta o valor de fecho da passada terça-feira, os accionistas obteriam um retorno potencial de 12%.

Quanto à Sonaecom, que neste momento tem em curso uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Portugal Telecom (PT) e PT Multimédia, o Banif defende que, «se o Governo não impuser restrições estritas à Sonaecom para garantir o sucesso da operação», a empresa de Paulo Azevedo tornar-se-á um alvo potencial no médio prazo, e aponta a France Telecom como a mais provável oferente.

Os accionistas da Sonaecom, a cujas acções o Banif atribui um preço-alvo de 4,18 euros, obteriam um retorno potencial negativo de 2%, refere o banco.

A Jerónimo Martins surge na lista devido a questões relacionadas com «a sucessão na liderança» do grupo e por ter um portfolio de negócio atractivo, com potencial de crescimento e rentabilidade.

Ainda assim, os analistas frisam não esperar grandes movimentos no curto-prazo, antevendo que as acções continuem a subir impulsionadas pelos fundamentais da empresa, e acrescentam que um retorno potencial andaria em torno de 19% (face a um preço-alvo de 17,09 euros).

A Cofina também aparece na lista das empresas mais «opáveis», embora o Banif esclareça que «a acção parece já ter incorporado um eventual cenário de aquisição».

Assim, embora considerem este desfecho provável, os analistas afirmam que «o potencial de subida dos títulos não é significativo e há histórias mais interessantes no curto-prazo», apontando um retorno potencial negativo de 16%, com base num preço-alvo de 3,26 euros.

Sobre as OPA actualmente em curso, os analistas do Banif prevêem que o BCP vá melhorar a oferta que fez sobre o BPI (de 5,7 euros por acção).

Apontam um preço-alvo de 6,38 euros para as acções do banco de Fernando Ulrich e um retorno potencial de 9%.

No caso da PT, os especialistas argumentam que surgirão ofertas concorrentes e que a Sonaecom está disposta a rever a actual oferta (de 9,5 euros por acção).

Apontam um preço-alvo de 11,46 euros e um retorno potencial de 13%.

À PT Multimédia, que os analistas realçam ser dona de um activo «extremamente atractivo», como é a rede de cabo, é atribuído um preço-alvo de 10,84 euros, resultando num retorno potencial de 11%.

O Banif também faz uma referência à Brisa e, embora considere médias as probabilidades do lançamento de uma oferta sobre a concessionária de auto-estradas, refere que, a concretizar-se, o grupo Mello será o mais provável comprador, sozinho ou em parceria com a Abertis.

À Brisa é atribuído um preço-alvo de 10 euros e um retorno potencial de 22%.

Outras empresas como o BCP, EDP, BES e Impresa têm probabilidades médias de serem alvos de OPA, embora no caso das duas últimas o cenário seja altamente improvável, acrescenta o banco.
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