Lucros do BPI caem 22% no 1º trimestre para 75,3 milhões

O BPI registou lucros consolidados de 75,3 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, menos 22% que no mesmo período do ano passado, anunciou o banco em comunicado.

O resultado operacional do banco também desceu 4,1% e a rendibilidade dos capitais próprios (ROE) foi de 18,8%.

Os recursos de clientes no balanço aumentaram 19%, «o que reflecte, sobretudo, o crescimento de 27,8% dos depósitos na actividade doméstica e o aumento da carteira de recursos de clientes do BFA, em Angola, em 32%», revela a instituição.

Os recursos fora de balanço diminuíram 16% devido à desvalorização das carteiras e alguma transferência de fundos para recursos de balanço. Deste modo, o crescimento dos recursos totais de Clientes foi de 8,9%, em termos homólogos.

Já o crédito a clientes aumentou 13%, em termos homólogos. O crédito a empresas na actividade doméstica cresceu 15%, o crédito a empresários e negócios cresceu 14,4% e, por sua vez, o crédito à habitação cresceu 10,5%, ou seja, mais de mil milhões de euros.

«Na actividade internacional, a carteira de crédito do BFA continua a apresentar elevados crescimentos, de 39,4%», refere o banco liderado por Fernando Ulrich.

O produto bancário cresceu 4,5%, relativamente ao 1º trimestre de 2007. Quanto às suas componentes principais, a margem financeira aumentou 2,5%, as comissões diminuíram 7,5% e os lucros em operações financeiras aumentaram 16,2%.

Já o rácio de eficiência situou-se em 55,2%.

O BPI adianta ainda que o custo do risco do crédito se manteve «em nível reduzido», nos 0,20%.

É ainda de destacar que, em 31 de Março de 2008, os fundos depensões cobriam a 102% as responsabilidades com pensões de Colaboradores do BPI.

O rácio de capital era de 8,7%, o Tier I de 5,4% e o core capital de 4,3%, já no quadro regulamentar de Basileia II. O BPI tem por objectivo que os rácios Tier I e Core Tier I sejam iguais ou superiores a 7% e 5,5%, respectivamente.