Maioria dá estabilidade governativa e confiança aos agentes económicos

Em declarações à agência Lusa, Rocha de Matos afirmou que o PS tem neste quadro «uma enorme responsabilidade» porque, «apesar da situação de vacas magras, tem de assumir uma série de medidas que permitam a alteração do quadro estrutural», nomeadamente ao nível da economia, das finanças, incluindo fiscalidade, e da educação.

A AIP defende que deve existir grande complementaridade e «cumplicidade» entre as acções desenvolvidas pelo governo e as acções das associações empresariais, tendo em vista a reestruturação da economia empresarial e o redimensionamento das empresas, para ganharem dimensão, observou Rocha de Matos.

Para o presidente da AIP, essas medidas devem ter como fio condutor a competitividade, como grande desígnio nacional.

Rocha de Matos defende como principais medidas um orçamento plurianual, com uma abordagem estrutural das contas públicas, contemplando uma programação plurianual de diminuição da despesa corrente e da redução da dívida e do défice.

Preconiza, ainda, a criação de um sistema de benefícios fiscais que promova o reforço da participação das empresas no esforço de investigação e desenvolvimento (I&D) e apoie o redimensionamento empresarial.

Rocha de Matos propõe, também, a eliminação ou simplificação no prazo de um ano de 20 por cento dos actos burocráticos desnecessários que impendem sobre as empresas e os cidadãos e o lançamento de um plano de requalificação profissional para um milhão de trabalhadores, em colaboração com as associações empresariais.

O presidente da AIP recomenda que os partidos que não fazem parte do governo façam uma oposição pela positiva tendo em atenção os grandes objectivos nacionais.