Participação de Joaquim Oliveira da Cofina é puramente financeira - TVI

Participação de Joaquim Oliveira da Cofina é puramente financeira

Patrão do grupo Cofina em tribunal

O mercado duvida da entrada de Joaquim Oliveira no capital da Cofina, uma vez que a gestão será sempre assumida por Paulo Fernandes. Se tal se confirmar, os especialistas adiantaram à «Agência Financeira» que não passará de uma participação financeira.

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«Paulo Fernandes controla, por isso não vejo qual seria o trigger, a não ser que fosse uma participação puramente financeira, mas para efeitos de qualquer tipo de negócio não acredito. Não conseguiria eleger um administrador de executivo, nem ter acesso a informação privilegiada, porque faz parte da concorrência», afirmou um analista que não quis ser identificado.

Já para Nuno Matias, da corretora Big adianta, «são grupos concorrentes. A Controlinveste tem interesses na mesma área. Em termos de Cofina, o positivo seria apenas o interesse de grupos na empresa».

Ainda outro adiantou, «porque o faria? A controlinveste não é cotada, não temos acesso à informação, mas a compra da Lusomundo foi importante. A Controlinveste deve estar com alguma dívida. Além disso, Paulo Fernandes controla. A confirmar-se seria apenas para ganhar dinheiro».

Recorde-se que hoje a «Reuters» avançou a notícia que Joaquim Oliveira, dono da Controlinveste, estaria a reforçar na empresa concorrente de média Cofina, liderada por Paulo Fernandes.

Cofina pode ser alvo de OPA da Vocento

A Cofina pode ser alvo de uma oferta por parte de um grupo como a espanhola Vocento, dizem os analistas contactados pela «Agencia Financeira».

«É uma empresa que em termos de dimensão é uma das maiores de média nacionais, mas em termos ibéricos não tem uma dimensão muito elevada. Podia ser um alvo de uma empresa de média de dimensão como a Vocento», afirma Nuno Matias da corretora Big.

Outro analista que preferiu o anonimato adiantou que há cada vez mais interesse de grupos no mercado de média português, «especialmente espanhóis. A Cofina e a Impresa, tendo posições com grande importância no mercado nacional, poderiam ser empresas interessantes para grupos de maior dimensão».

E Nuno Matias acrescenta, «a Cofina não foge aquilo que é a evolução recente do mercado nacional. Há um conjunto de activos que são interessantes na Cofina, mesmo para os investidores».
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