Pirataria prejudica prestação da PT Multimédia

«Este ano tivemos de tomar decisões difíceis devido ao aumento da pirataria no satélite, que subiu significativamente, e que teve a sua origem no mercado espanhol», de onde foram importados alguns dos sistemas utilizados em Portugal, disse o CFO.

É exactamente por esse motivo que «estamos a crescer ligeiramente na base de clientes», já que alguns utilizadores optaram por obter os programas descodificados da maneira mais fácil, ao invés de fazerem a sua adesão aos nossos serviços», esclareceu Zeinal Bava, acrescentando que, por isso, «decidimos avançar com a troca dos smart-cards».

Outro factor que pesou nas contas da PTM foi «a estabilização dos sistemas informáticos que demorou mais do que o esperado», aumentando consideravelmente os custos, segundo o responsável.

Contudo, e feitas as contas, «a maioria dos analistas tem estimado para a PT Multimédia um EBITDA entre os 190 e 200 milhões e estamos confortável acima dos 195 milhões (¿) A PTM vai acabar o ano com uma diferença de entre 1 ou 2% na guidance que demos para este ano», garantiu.

O administrador ressalvou ainda a sua satisfação pela última aposta do grupo, o Sapo Messenger, onde já «temos 300 mil subscritores».

O CFO criticou ainda o regulador do sector, apelando a que este «nos permita desenvolver os serviços de triple play (dados voz e vídeo)». Sobre o tema recorrente da separação das redes de cobre e cabo, Zeinal Bava voltou a afirmar, não ver «bases legais para a Portugal Telecom ficar sem o activo do cabo». Desta forma, «a nossa posição é que a PT Multimédia é a holding estratégia da PT», concluiu.