Portugueses dariam maioria absoluta ao PS se eleições fossem hoje - TVI

Portugueses dariam maioria absoluta ao PS se eleições fossem hoje

José Sócrates

O PS teria maioria absoluta se as legislativas fossem agora, e a esmagadora maioria dos portugueses concorda com a dissolução do Parlamento.

Os portugueses acreditam ainda que o governo caiu porque Santana Lopes era mau primeiro-ministro, segundo uma sondagem hoje publicada n¿«O Independente».

A sondagem, do Instituto de Pesquisa de Opinião e Mercado (IPOM), mostra que metade dos inquiridos considera que Jorge Sampaio deveria ter convocado eleições em Julho e que PSD e CDS se devem apresentar às eleições em separado, enquanto José Sócrates é o líder partidário com mais popularidade.

Se as eleições legislativas se realizassem no domingo, o PS teria um resultado histórico, com 50,7% dos votos, indica a sondagem do Independente, enquanto o PSD teria a situação oposta: com 32,3%, obteria um dos piores resultados dos últimos 20 anos.

O Bloco de Esquerda subiria de quinta para terceira força política do país, com 6,9%, à frente do PCP, que desceria para os 6,6%, enquanto o CDS teria 3,5%.

De acordo com o Independente, 77,7% dos entrevistados consideram que José Sócrates vai ganhar as próximas eleições legislativas e apenas 6,4% arrisca uma vitória de Santana Lopes.

Em termos de popularidade, o líder socialista surge em primeiro lugar, com 37,7%, à frente de Santana Lopes (23,9%), Francisco Louçã (10%), Paulo Portas (9,2%), Manuel Monteiro (2,9%) e Jerónimo de Sousa, o novo líder do PCP (1%).

Quase três quartos dos entrevistados (74,2%) concordam com a decisão do presidente da República de dissolver a Assembleia da República, mas para 19,2% tratou-se de uma decisão errada, enquanto 6,6% afirma não ter opinião.

Mas a convocação de eleições deveria ter sido feita em Julho, quando Durão Barroso saiu do governo para ir para Bruxelas, na opinião de 50,2% dos entrevistados, enquanto 43,8% acha que Jorge Sampaio fez bem com convidar Santana Lopes para chefiar o governo, assunto em que 6,1% diz não saber ou não responde.

O PSD e do CDS devem apresentar listas separadas nas eleições, na opinião de 58,1% dos inquiridos pelo IPOM, enquanto 19,9% defende uma coligação pré-eleitoral, uma percentagem inferior aos que não sabem ou não respondem (21,9%).

A actuação do governo nos seus quatro meses de duração foi muito má para 46,2% dos entrevistados, medíocre para 23,5%, razoável para 23,4%, boa para 2,4% e muito boa para apenas 0,2%.

Para 35,3% dos inquiridos o governo caiu porque Santana Lopes era mau primeiro-ministro, enquanto 15,4% acha que havia problemas na coligação.

A pressão da comunicação social desde o caso Marcelo Rebelo de Sousa/TVI foi responsável pela queda do governo para 17,1%, 16,8% não responde ou sabe, 8% acha que se deveu à saída de Henrique Chaves e 7,4% considera que Jorge Sampaio quis entregar o poder ao PS.

A sondagem do IPOM hoje publicada pelo Independente foi realizada no dia 01 de Dezembro a 578 pessoas, com um erro de amostragem de mais ou menos 4,2 pontos percentuais para um nível de confiança de 95,5%.
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