Preço dos alimentos dispara e trava queda da inflação - TVI

Preço dos alimentos dispara e trava queda da inflação

Alimentos

A taxa de inflação homóloga abrandou em Novembro para 2,4%, face aos 2,7% de Outubro.

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Os preços só não abrandaram mais por causa dos produtos alimentares não transformados, em particular pelos produtos hortícolas, onde se deu um aumento de 14,2%.

Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que o indicador de inflação subjacente, medido pelo índice total excepto produtos alimentares não transformados e energéticos, apresentou uma taxa de variação homóloga três décimas de ponto percentual (p.p.) inferior à do índice total (2,1%). Excluindo os produtos energéticos, a taxa de variação do IPC total ter-se-ia igualmente situado em 2,4%.

Ao contrário dos alimentos, as contribuições de sinal negativo verificaram-se ao nível do vestuário e calçado e das comunicações.

Em termos mensais, os preços subiram 0,2% face a Outubro, quando tinham aumentado 0,5% face a Setembro.

Produtos farmacêuticos mais caros

No mês passado, a Saúde registou o maior aumento de preços, de 1,2%. Embora se tenham verificado aumentos de preços na maioria das rubricas que integram esta classe de despesa, salienta-se o agravamento de 3% nos preços dos produtos farmacêuticos.

Destaca-se ainda a subida de 0,5% na classe dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas. O aumento dos preços dos produtos hortícolas (6,4%) contribuiu de forma decisiva para este resultado.



De sentido contrário, assinalam-se as variações observadas pelas classes do lazer, recreação e cultura, que ficaram 1% mais baratas, e dos transportes, 0,3% mais baratas. A diminuição dos preços das férias organizadas (-7,3%) e dos combustíveis e lubrificantes para equipamento para transporte pessoal (-0,8%) estiveram na origem deste resultado.

A nível de subgrupo destacam-se ainda as contribuições da carne e dos serviços de alojamento que, de acordo com o observado pelo IPC, registaram diminuições médias de preços de -0,5% e -4,3%, respectivamente.

De sinal contrário, destacam-se as contribuições dos restaurantes, cafés e estabelecimentos similares e do leite, queijo e ovos, com taxas de variação mensal na ordem dos 0,3% e 0,7%, respectivamente.

Em termos harmonizados, que permitem uma comparação directa com os dados dos parceiros europeus, a taxa de inflação homóloga foi de 2,4%, a variação mensal foi nula e a média dos últimos doze meses ficou em 3%.
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